Já a região Norte apresentou a queda mais expressiva, de 282 mil para 248 mil (-12,1%).
BRASÍLIA (DISTRITO FEDERAL) – O número de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos em situação de trabalho infantil voltou a subir em 2024 e atingiu 1,650 milhão, segundo a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgada nesta 6ª feira (19.set.2025).
A quantidade de jovens em condição de trabalho infantil cresceu 2,1% em relação a 2023, quando o IBGE registrou o menor número da série histórica iniciada em 2016 (foi 1,616 milhão). Em números absolutos, foram 34.000 pessoas a mais nessa condição em 2024.
Apesar do avanço na comparação anual, houve queda acumulada de 21,4% de 2016 para 2024. Há 9 anos atrás, eram 2,100 milhões de crianças.
O percentual de pessoas em situação de trabalho infantil em relação à população total de 5 a 17 anos chegou a 4,3% –alta de 0,1 ponto percentual em comparação com 2023, quando foi de 4,2%. Em 2022, eram 4,9%. No início da série histórica, em 2016, eram 5,2%.

NORDESTE LIDERA ENTRE REGIÕES
O Nordeste tinha 547 mil crianças e adolescentes em condição de trabalho infantil em 2024. O contingente cresceu 7,3% em relação ao ano anterior. Em números absolutos, foram contabilizadas 37.000 pessoas a mais do que em 2023.
A região Sul registrou a maior alta na comparação com 2023. O número de trabalhadores infantis passou de 199 mil para 226 mil –avanço de 13,6%.
Já a região Norte apresentou a queda mais expressiva, de 282 mil para 248 mil (-12,1%).
O Centro-Oeste foi a única região que registrou elevação na comparação com 2016. Em 8 anos, o contingente de pessoas em condição de trabalho infantil cresceu 7%: passou de 143 mil para 153 mil.
