“Sinto que agora é hora de seguir outros rumos. Nem sequer os tenho bem definidos, mas não tenho qualquer apego ao poder e gostaria de viver um pouco mais da vida que me resta sem a exposição pública, as obrigações e as exigências do cargo”, afirmou.
“Prezados colegas, por 12 anos e pouco mais de 3 meses, ocupei o cargo de ministro deste Supremo Tribunal Federal, tendo sido presidente nos últimos 2 anos. Foram tempos de imensa dedicação à causa da Justiça, da Constituição e da democracia. A vida me proporcionou a bênção de servir ao país, retribuindo o muito que recebi sem ter qualquer interesse que não fosse fazer o que é certo, justo e legítimo para termos um país maior e melhor”, disse, sob os aplausos dos colegas.
“Ao longo desse período, enfrentei e superei com dificuldades e perdas pessoas. Nada disso me afastou da missão que havia assumido perante o país e minha consciência de dar o melhor de mim na prestação da Justiça. Na presidência do Tribunal e do CNJ, percorri o país, literalmente, do Oiapoque ao Chuí, em contato com magistrados e cidadãos, procurando aproximar o Judiciário do povo”, continou.
Barroso fez inúmeras pausas para beber água e ficou com a voz embargada.
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