O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), visitou neste domingo (2.nov.2025) os policiais feridos durante a operação Contenção, deflagrada na última semana nos complexos da Penha e do Alemão, na zona norte da capital.
Em publicação em seu perfil no X (ex-Twitter), Castro afirmou estar “do lado certo” e destacou a “coragem e o compromisso com o dever” dos agentes envolvidos na ação, que deixou 121 mortos, sendo 4 policiais.
Mais cedo, o governador voltou a defender a classificação do CV (Comando Vermelho) como grupo terrorista. O político citou a Argentina e Paraguai como exemplos de países que adotaram a medida contra o grupo do crime organizado.
Em postagem no X, Cláudio Castro disse que “a discussão desta semana vai muito além da segurança pública do Rio de Janeiro. O que estamos enfrentando é um problema internacional”.

QUEM ERAM OS POLICIAIS MORTOS
Os 4 agentes mortos na operação no Rio de Janeiro são:
- Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho, 51 anos, conhecido como “Máskara”, comissário da 53ª DP (Mesquita);
- Rodrigo Velloso Cabral, 34 anos, da 39ª DP (Pavuna);
- Cleiton Serafim Gonçalves, 42 anos, 3º sargento do Bope;
- Heber Carvalho da Fonseca, 39 anos, 3º sargento do Bope.
Em nota, a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro lamentou “profundamente” a perda dos policiais, a quem chamou de “heróis que deram suas vidas em defesa da sociedade” durante a megaoperação Contenção, na zona norte do Rio.
“A instituição se solidariza com as famílias e amigos, compartilhando a dor dessa irreparável perda. Os ataques covardes de criminosos contra nossos agentes não ficarão impunes. A resposta está vindo, e à altura”, diz a nota.

OPERAÇÃO CONTRA O CV
Eis um balanço da operação Contenção, de acordo com dados da Secretaria de Polícia Civil do Rio de Janeiro:
Em relação aos 113 presos durante a operação, cerca de 40% não são do Rio de Janeiro. A Secretaria de Polícia Civil do Rio de Janeiro informou que há suspeitos de 8 Estados fora do Rio, incluindo Pará, Amazonas, Bahia, Ceará, Paraíba, Goiás, Mato Grosso e Espírito Santo.
O secretário de Polícia Civil do Rio de Janeiro, Felipe Curi, detalhou, nesta 6ª feira (31.out), citando os apelidos, que entre os mortos na operação estavam chefes do tráfico de diferentes Estados:
Entre os 117 que morreram, 39 são de outros Estados:
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