Entre os jornais que deram maior destaque nos últimos dias estão o britânico Guardian, o francês Le Monde, o espanhol El País, o alemão Deutsche Welle e os norte-americanos Washington Post, Bloomberg e Financial Times.
Na 5ª feira (6.nov), o Guardian publicou uma reportagem com o discurso do secretário-geral da ONU, António Guterres, classificando como uma “falha moral” o fato de o mundo estar a caminho de ultrapassar o limite de 1,5 °C de aquecimento. Já nesta 6ª feira (7.nov), publicou sobre a participação dos Estados Unidos na cúpula climática. Além disso, o tema estava na manchete do jornal no final da manhã e no começo da tarde desta 6ª feira (7.nov).

O Le Monde destacou o que chamou de otimismo do Brasil e a tentativa do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de converter a COP30 em um marco político para o Sul Global, com foco na proteção da Amazônia e em um novo compromisso de financiamento climático. Além disso, o jornal deu destaque aos preços “exorbitantes” das acomodações na cidade e aos “desafios” de sediar o evento.
O DW dedicou sua página principal à conferência climática, com foco no simbolismo da realização na Amazônia. Nesta 6ª feira (7.nov), publicou uma reportagem sobre o TFFF (Fundo Florestas Tropicais Para Sempre), lançado no dia anterior pelo presidente brasileiro, e que prevê o investimento de US$ 125 bilhões para a proteção florestal e o fortalecimento das comunidades indígenas na conservação da natureza.
Nos EUA, Washington Post, Wall Street Journal e FT abordaram o evento sob ângulos mais políticos e econômicos. As reportagens ressaltam a ausência do presidente norte-americano Donald Trump (Partido Republicano), que optou por não enviar representantes de alto escalão, e o impacto dessa decisão na diplomacia climática norte-americana. A Bloomberg, por sua vez, concentrou a cobertura nas implicações financeiras e nas oportunidades de investimento em energia limpa e preservação de florestas tropicais.
Outros veículos de grande alcance, como New York Times, CNN International, Clarín, Der Spiegel e AlJazeera, têm tratado a conferência de forma um pouco mais discreta. Em geral, os textos têm caráter explicativo ou opinativo, sem destaque na capa dos portais.
As agências Reuters e Associated Press, por outro lado, mantêm uma cobertura contínua sobre a COP30, mas com foco na infraestrutura de Belém e nas dificuldades logísticas, além da chegada das delegações internacionais.
