O patamar é criticado por integrantes do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Segundo Haddad, a taxa de juros não é tema de opinião isolada e diversos setores –bancos, setor produtivo, classe política e analistas– manifestam expectativas de corte. Ele se reuniu com representantes da Febraban (Federação Brasileira de Bancos) na manhã desta 2ª feira (10.nov).
“Tem espaço para corte, não é questão pessoal, é institucional”, afirmou o ministro em entrevista à CNN Brasil. “Não tem como sustentar 10% de juros real com inflação a 4,5%”, disse. Ele voltou a dizer que, se fosse diretor do BC, votaria pela queda na taxa básica de juros.
Haddad elogiou o papel institucional do BC e afirmou que decisões sobre juros são tomadas por 9 diretores e um presidente, que devem considerar múltiplas visões. Evitou críticas diretas ao presidente do BC, Gabriel Galípolo. Disse que “o BC é mais do que a Selic”.
“[Galípolo] Foi meu secretário-executivo, indicado por mim para diretor do Banco Central. Ele está fazendo um bom trabalho”, afirmou.
O ministro também defendeu procedimentos adotados pelo Banco Central, como a regulação das fintechs. “O BC está atuando com zelo, sem inibir concorrência, mas mantendo robusto o sistema financeiro”, afirmou.
Haddad ainda mencionou mudanças recentes no crédito imobiliário, propostas pelo BC e aprimoradas pela Fazenda e Planejamento.
