Segundo os advogados, a medida é necessária para garantir a “continuidade do acompanhamento especializado” do quadro clínico do ex-presidente. Bolsonaro teve confirmado carcinoma de células escamosas “in situ” em 2 das 8 lesões retiradas em 14 de setembro, durante internação no Hospital DF Star.
O diagnóstico indicou um câncer de pele em estágio inicial, restrito às camadas superficiais, sem sinais de invasão profunda. As lesões foram removidas, sem indicação de disseminação da doença. O pedido de 3ª feira (18.nov) ainda aguarda análise de Moraes.
Bolsonaro está em prisão domiciliar desde agosto por descumprir medidas cautelares impostas em outro processo, que investiga uma tentativa o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o jornalista Paulo Figueiredo por coação. Ambos foram denunciados pela PGR (Procuradoria Geral da República) e se tornaram réus por decisão unânime da 1ª Turma do STF.
Desde que teve início a prisão domiciliar, Bolsonaro deixou sua casa 3 vezes para atendimentos médicos: duas delas com autorização judicial e uma em caráter de emergência. A 1ª saída se deu em 16 de agosto, para exames no Hospital DF Star, em Brasília. Em 14 de setembro, o ex-presidente voltou à unidade para remover lesões na pele. Dois dias depois, foi internado após sentir tontura, queda de pressão e episódios de vômito.
SAÚDE DE BOLSONARO
Desde que sofreu o atentado em 2018, Bolsonaro foi internado várias vezes. Na ocasião, ele foi esfaqueado e teve o intestino perfurado. De lá para cá, o ex-presidente realizou 11 cirurgias.
Ao todo, de acordo com os médicos, 7 procedimentos tiveram relação com o ferimento na barriga sofrido em 2018. Em julho de 2021, o ex-presidente apresentou soluços persistentes e foi internado após ser diagnosticado com suboclusão intestinal.
Oclusão é uma obstrução, quando a alimentação e as secreções não conseguem progredir pelo tubo digestivo. No caso do ex-presidente, o termo “suboclusão” indica que há uma obstrução parcial. A suboclusão é uma oclusão incompleta.

