A audiência foi realizada por videoconferência no local onde está preso preventivamente desde sábado (22.nov.2025). Trata-se de um procedimento no qual o Judiciário avalia a legalidade e as condições da prisão. Participam representantes da PGR (Procuradoria Geral da República) e da defesa. Leia a íntegra da ata (PDF – 162 kB).
O processo foi conduzido por uma juíza auxiliar do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). Depois da audiência, a Corte manteve a prisão preventiva ordenada pelo magistrado. Segundo o Supremo, o vídeo da audiência não será divulgado.
O incidente e a convocação de uma vigília feita pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) embasaram o despacho de prisão preventiva de Moraes. Eis a íntegra (PDF – 295 kB).
A decisão individual de Moraes será submetida à 1ª Turma do STF na 2ª feira (24.nov), em julgamento eletrônico. Os ministros Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin analisarão o caso das 8h às 20h. A expectativa é de confirmação unânime da ordem de prisão preventiva.
Bolsonaro terá atendimento médico “em tempo integral” e “em regime de plantão”. Em outras palavras, os profissionais de saúde não precisam de autorização prévia da Corte para acessar o local. Até o momento, já recebeu a médica Marina Grazziotin Pasolini e o médico Cláudio Birolini, além do advogado Daniel Tesser.
O ex-presidente receberá a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro ainda neste domingo, entre 15h e 17h, conforme autorizado por Moraes. A defesa também havia solicitado autorização para as visitas dos filhos. Mas, como não tinham especificado os nomes de cada um, os advogados enviaram uma nova manifestação ao STF neste domingo. Pediram que Moraes libere as vias do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e dos vereadores Carlos Bolsonaro (PL-RJ) e Jair Renan Bolsonaro (PL-SC). O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-RJ), que está nos Estados Unidos desde março deste ano, não foi incluído.
Os advogados de Bolsonaro têm até às 16h30 para apresentar uma resposta sobre a tentativa de violação da tornozeleira. Um vídeo e um relatório, divulgados pelo STF, afirmam que o ex-presidente tentou abrir sua tornozeleira eletrônica usando um ferro de solda. Segundo o documento, a equipe de escolta posicionada nas proximidades da residência do ex-presidente, no condomínio Solar de Brasília, foi acionada imediatamente após a tentativa de danificar o objeto, assim como a direção da unidade.
Ao examinar a tornozeleira, a diretora identificou marcas de queimadura ao redor de toda a estrutura, especialmente na área de fechamento. Ao ser questionado, Bolsonaro afirmou ter usado um ferro de solda para tentar abrir o equipamento.
Assista ao vídeo do equipamento queimado (1min28s):
