O Departamento de Justiça dos EUA afirmou nesta 4ª feira (24.dez.2025) que precisará de “mais algumas semanas” para concluir a divulgação dos arquivos de Jeffrey Epstein. O Congresso norte-americano havia estabelecido o prazo de 19 de dezembro para a entrega.
O departamento disse que o escritório do procurador dos EUA para o Distrito Sul de Nova York, bem como o FBI, encontraram mais de 1 milhão de documentos adicionais que podem ser relevantes para o caso.
Em comunicado, a repartição indicou que seus advogados estão “trabalhando ininterruptamente” para revisar os documentos. Uma equipe de mais de 200 analistas está avaliando os arquivos. “Liberaremos os documentos assim que possível”, disse o departamento. “Por causa do grande volume de material, esse processo pode levar mais algumas semanas”, completou.
Segundo fontes não identificadas do Departamento de Justiça, cerca de 750 mil registros já foram revisados e divulgados. Outros 700 mil ainda precisam ser examinados, mas muitos deles podem ser duplicados, então o número restante de registros pode ser de apenas alguns milhares.
Na última 6ª feira (19.dez.2025), dia das primeiras divulgações, o vice-procurador-geral, Todd Blanche, disse esperar que fosse possível divulgar “várias centenas de milhares de documentos”.
Críticas
O Departamento de Justiça foi duramente criticado e alvo de ameaças legais depois que as autoridades divulgaram um conjunto limitado e muito censurado dos arquivos de Jeffrey Epstein, em aparente violação da lei que exigia a divulgação quase completa desses documentos até 6ª feira (19.dez.2025).
No sábado (20.dez.2025), o Departamento de Justiça divulgou novos arquivos, mas chegou a remover mais de uma dúzia de outros documentos relacionados a Epstein de seu site. Segundo a repartição, a decisão foi tomada porque nenhuma das vítimas do bilionário estava na imagem. Entre as imagens excluídas estavam uma foto do presidente dos EUA, Donald Trump (republicano). A foto já voltou para o site. Os arquivos estão disponíveis na íntegra aqui.
Epstein foi acusado em 2019 de tráfico sexual internacional de menores por supostamente comandar uma rede que atraía meninas para explorá-las e abusar sexualmente delas.
O governo Trump foi obrigado a divulgar os documentos depois que uma lei determinando que o Departamento de Justiça dos EUA revelasse todos os arquivos em sua posse relacionados a Epstein foi aprovada em novembro.
