Um estudo divulgado pelo projeto internacional IMDC (InfoDengue-Mosqlimate Dengue Challenge), em parceria com a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e a FGV (Fundação Getúlio Vargas), estima que o Brasil alcance 1,8 milhão de casos de dengue em 2026.
Desse total, 54% das incidências devem se dar no Estado de São Paulo e 10% em Minas Gerais. Eis a íntegra do estudo (PDF – KB).
Segundo a estimativa, a maioria dos Estados deve apresentar, de outubro de 2025 a outubro de 2026, picos de incidência menores do que os observados na temporada 2024-2025.
Os pesquisadores concluíram que a temporada de 2025-2026 deverá ter características epidêmicas, mas sem atingir os extremos de incidência observados em 2024, ano em que o país registrou um recorde de 6,5 milhões de casos prováveis de dengue.
Os números estimados para 2026 assemelham-se aos registrados em 2025. De acordo com o Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde, até 20 de dezembro o número de casos prováveis de dengue atingiu a marca de 1,66 milhão.
As Unidades Federativas que devem ultrapassar o coeficiente de incidência de 300 casos por 100 mil habitantes –o que a OMS (Organização Mundial da Saúde) classifica como epidemia– são:
Região Norte
- Acre;
- Tocantins;
Região Nordeste
- Rio Grande do Norte;
Região Centro-Oeste
- Mato Grosso do Sul;
- Mato Grosso;
- Distrito Federal;
- Goiás;
Região Sudeste
- São Paulo;
- Minas Gerais;
- Espírito Santo;
Região Sul
- Paraná;
- Santa Catarina;
- Rio Grande do Sul.
O modelo usado no estudo indica para 2025-2026 uma incidência mais baixa no Paraná, no Rio Grande do Sul, em São Paulo, no Acre e no Amapá em comparação com 2024-2025.
A incidência será maior em Santa Catarina, Minas Gerais, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e Tocantins. Os demais Estados apresentaram estimativas para 2025-2026 semelhantes às incidências da temporada 2024-2025.
Participaram do IMDC 15 equipes nacionais e internacionais que contribuíram com 19 modelos de previsão de dengue para todos os Estados brasileiros.
O principal objetivo do desafio, que teve a sua 1ª edição publicada em 2024, é integrar informações epidemiológicas, demográficas e climáticas para aprimorar a previsão de epidemias de dengue e apoiar a formulação de políticas públicas de saúde.
