O tenente-coronel do Exército Guilherme Almeida Marques, condenado a 13 anos e 6 meses de prisão por participar da tentativa de golpe de Estado, apresentou-se nesta 2ª feira (29.dez.2025) à PF (Polícia Federal), em Goiânia (GO), para o cumprimento de prisão domiciliar. Eis a íntegra da comunicação da prisão (101 kB – PDF).
As prisões domiciliares de 8 condenados pela trama golpista foram mantidas no sábado (27.dez) depois de audiência realizada por uma juíza auxiliar do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
As audiências foram conduzidas pela juíza Luciana Yuki Fugishita Sorrentino e tiveram objetivo de cumprir uma formalidade legal.
O mandado de prisão domiciliar contra o tenente-coronel do Exército, Guilherme Marques de Almeida, não havia sido cumprido. Ele viajou para a Bahia, mas havia se comprometido a retornar para Goiânia e iniciar o cumprimento da medida.
A prisão domiciliar de Marques de Almeida e dos outros condenados foi determinada por Moraes para evitar novas fugas. Na 6ª feira (26.dez), o ex-diretor da PRF (Polícia Rodoviária Federal) Silvinei Vasques foi preso no Paraguai ao tentar embarcar para El Salvador com passaporte falso.
No entendimento de Moraes, há uma estratégia dos condenados pela tentativa de golpe para fugir do país.
“O modus operandi da organização criminosa condenada pelo Supremo Tribunal Federal indica a possibilidade de planejamento e execução de fugas para fora do território nacional, como feito pelo réu Alexandre Ramagem, inclusive com a ajuda de terceiros”, declarou o ministro.
O tenente-coronel terá de usar tornozeleira eletrônica e está proibido de usar redes sociais, manter contato com outros investigados e receber visitas. Ele também deverá entregar o seu passaporte.
