Taiwan definiu o anúncio do exercício militar chinês ao redor da ilha como uma tentativa de “intimidação” e “ameaça militar”. Segundo o Gabinete Presidencial da província, a operação é um “desrespeito às normas internacionais”.
A China informou nesta 2ª feira (29.dez.2025) que realizará um teste militar de larga escala que cercará a ilha de Taiwan. A operação chamada “Missão Justiça 2025” já teve início e será realizada até 3ª feira (30.dez), com exercícios de caças que durarão de 8h às 18h no horário de Pequim.
O anúncio foi feito pela PLA (Força de Libertação Popular) –nome dado às Forças Armadas do país. A PLA divulgou uma imagem de onde serão realizadas as atividades que mostra Taiwan quase completamente cercada.
Imagem divulgada pela PLA para mostrar as zonas aéreas próximas a Taiwan que ficarão fechadas
A PLA vai mobilizar o Exército, a Marinha, a Força Aérea e a Força de Foguetes da China em atividades de bloqueio portuário e combate aéreo-marítimo.
O porta-voz da PLA declarou que a operação é um “alerta severo” do governo chinês contra os apoiadores da independência da ilha e uma “ação legítima e necessária” para preservar a soberania chinesa.
Além de pressionar o governo separatista de Taiwan, a China também mira dar um recado aos Estados Unidos e ao Japão. A operação será realizada 11 dias depois que os EUA aprovaram a venda de US$ 11 bilhões em armas para Taiwan.
Em relação ao Japão, a primeira-ministra do país declarou em novembro que uma interferência chinesa em Taiwan daria ao Japão o direito de atacar a China. A fala causou uma crise diplomática que se estende até o momento.
Na semana passada, congressistas japoneses visitaram Taiwan e se encontraram com o líder da ilha, Lai Ching-te (Partido Democrático Progressista).
Taiwan é governada de forma autônoma desde 1949, mas é considerada pela China como parte de seu território.
