Os organizadores das comemorações de Ano Novo em Sydney (Austrália) prestaram homenagens às vítimas do ataque de 14 de dezembro nesta 4ª feira (31.dez.2025). A Harbour Bridge foi iluminada de branco e uma menorá (símbolo judaico) foi projetada em seus pilares. Realizaram um minuto de silêncio às 23h (horário local). A presença policial estava reforçada no local.
A prefeita da cidade australiana, (independente, centro-esquerda), disse antes do evento que é necessário olhar com esperança para 2026. “Depois de um final de ano trágico para nossa cidade, esperamos que a véspera de Ano Novo proporcione uma oportunidade para nos unirmos e olharmos com esperança para um 2026 pacífico e feliz”, declarou.
O ATAQUE
De acordo com a polícia do Estado de Nova Gales do Sul, 2 homens armados abriram fogo contra participantes do “Hanukkah by the Sea” (Hanukkah à Beira-Mar) em 14 de dezembro na praia de Bondi. O ataque resultou em 15 mortos. Um dos suspeitos, Sajid Akram, morreu no confronto com agentes. O outro, identificado apenas como Naveed, foi preso e responde por 59 crimes.
A AFP (Polícia Federal Australiana) declarou em nota na 3ª feira (30.dez) que os 2 suspeitos agiram sozinhos e que “não há evidências” de que fizessem parte de uma célula militante do Estado Islâmico.
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra 1 homem desarmado enfrentando 1 dos suspeitos e tomando sua arma. O premiê de Nova Gales do Sul, Chris Minns (Partido Trabalhista Australiano, centro-esquerda), elogiou a coragem do homem. “Ele é um genuíno herói. Eu não tenho nenhuma dúvida de que, se há muitas pessoas vivas nesta noite, foi graças à sua coragem”, afirmou, de acordo com a BBC.
A emissora ABC (Australian Broadcasting Corporation) informou que o evento judaico tinha começado há pouco tempo quando os tiros foram disparados.
Bondi Beach, uma das praias mais famosas da Austrália, é conhecida por ser fortemente policiada e raramente registra episódios de violência armada.
Depois do ataque, o primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese (Partido Trabalhista, centro-esquerda), prometeu endurecer as regras de controle de armas no país.
