O pedido foi feito durante reunião em Brasília, na qual os chefes dos Executivos estaduais manifestaram preocupação com possíveis problemas futuros na aplicação da lei. Estavam presentes o governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro (PL), o de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), o de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), o de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), e a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP).
Segundo o governador do Rio de Janeiro, Motta demonstrou disposição para considerar o adiamento pedido. “Não nos interessa aprovar uma matéria para ela ficar parada no Senado ou ser declarada inconstitucional”, disse Castro, depois do encontro, em conversa com jornalistas.
Para implementar o adiamento solicitado, o presidente da Câmara precisará consultar o relator da proposta, deputado Guilherme Derrite (PP-SP), e os líderes partidários. “O presidente ficou de conversar com o relator e com o colégio de líderes para dar esse prazo de 30 dias”, declarou Castro, acompanhado pelos demais governadores.
Os chefes dos Executivos estaduais são a favor de manter, com mais detalhes, o trecho criticado pelo governo, que aplica às facções criminosas tratamento similar aos crimes da Lei Antiterrorismo (13.260 de 2016).
Caso Motta aceite o pedido, será a 2ª vez que a votação será adiada por falta de acordo.
O PL Antifacção tramita em regime de urgência, o que permite sua apreciação diretamente pelo plenário, sem necessidade de passar pelas comissões temáticas. O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), também solicitou mais tempo ao presidente da Casa.
Esta reportagem foi escrita pela estagiária de jornalismo Isabella Luciano, sob a supervisão do editor-assistente Lucas Fantinatti.
