O líder ucraniano fez a afirmação em uma evento na Holanda, durante o qual 34 líderes europeus assinaram um acordo para criar formalmente a Comissão Internacional de Reivindicações para a Ucrânia, órgão internacional que decidirá sobre dezenas de bilhões de euros em eventuais reparações para compensar o país pela invasão russa.
Durante um discurso ao parlamento holandês, Zelensky afirmou que “cada detalhe importa” nas negociações de paz com os EUA e a Rússia, ressaltando que nada no acordo proposto deve “se tornar uma recompensa para a agressão russa”.
Autoridades norte-americanas afirmaram na 2ª feira (15.dez) que resolveram “90%” das questões problemáticas entre Rússia e Ucrânia durante 2 dias de negociações em Berlim. Apesar do tom positivo, não há clareza sobre a proximidade do fim do conflito, principalmente porque a parte russa está ausente das conversas atuais.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse nesta 3ª feira (16.dez) sobre a proposta de paz ucraniana: “Vimos relatos de jornais até agora, mas não responderemos a eles. Ainda não vimos nenhum texto”. Ele complementou: “Nossa posição é bem conhecida. É consistente, é transparente e é clara para os americanos. E, em geral, também é clara para os ucranianos.” A Rússia também minimizou a possibilidade de um cessar-fogo de Natal, afirmando não estar interessada em soluções temporárias.
A questão territorial permanece como principal ponto de divergência. A administração de Donald Trump (Partido Republicano) defende que a Ucrânia abandone partes da região de Donbass ainda sob seu controle, enquanto Kiev propõe o congelamento das linhas no atual ponto de contato.
