Referenciando acordo entre os blocos econômicos, Milei disse que “depois de décadas de negociações, não conseguimos finalizar um acordo comercial”. Para o presidente, os países “não têm mais 10 anos a perder com discussões administrativas”.
“O tempo que levamos para chegar a esses acordos não responde aos desafios que temos pela frente e não responde às necessidades econômicas de nossas nações. O tempo da oportunidade econômica é sempre breve e não pode ficar subordinado à eternidade da burocracia e da política”, afirmou durante seu discurso.
Para o presidente, o bloco não cumpre os objetivos que se propôs ao ser formado.
“O Mercosul nasceu com uma missão clara de promover o comércio, aumentar a prosperidade, integrar mercados e elevar a competitividade e nenhum desses objetivos centrais se cumpriram”, disse o presidente. “Não há mercado comum, não há livre circulação efetiva, não há coordenação macroeconômica, não há harmonização normativa real, não há incremento significativo do comércio interno, não há abertura suficiente para o mundo”, completou.
Milei aproveitou a ocasião para questionar a operação interna do Mercosul. Segundo ele, o bloco enfrenta “uma grande burocracia excessiva e ineficaz que se expandiu descontroladamente”.
Para ele, o comércio “está hoje muito abaixo de seus níveis históricos”, enquanto as tarifas externas do Mercosul estão “entre as mais altas do mundo”.
Acordo com a União Europeia
Na 4ª feira (17.dez.2025), o Parlamento Europeu anunciou que havia concluído as negociações informais para proteger agricultores da UE do aumento excessivo de produtos do Mercosul, o que criou uma expectativa de que o acordo pudesse ser assinado na cúpula deste sábado (20.dez.2025).
Contudo, na 5ª feira (18.dez.2025), a presidente da União Europeia, Ursula von der Leyen, comunicou aos líderes dos 27 países da UE o adiamento da assinatura do acordo para janeiro de 2026. As negociações entre os blocos se estendem desde 1999.
