O prefeito de Diadema, Taka Yamauchi (MDB), vai recorrer da decisão da Justiça Eleitoral que o condenou à pena de prisão por difamação e injúria eleitoral contra Marco Aurélio Santana Ribeiro, chefe do gabinete pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Esta é a 2ª condenação de Yamauchi pelo mesmo episódio –ele já pagou R$ 14.000 por danos morais a Marco Aurélio.
Durante debate realizado em agosto de 2024, Taka Yamauchi disse que “o Brasil vem sofrendo há muito tempo com crime organizado” e que “o tal de Marcola lá de Brasília” teria enviado dinheiro irregularmente à Diadema.
A declaração foi feita depois de reportagem do UOL revelar que Lula teria priorizado cidades governadas pelo PT ou por aliados na distribuição de verbas ministeriais, incluindo Diadema. A publicação, no entanto, não mencionava facções criminosas. O auxiliar presidencial, conhecido como Marcola, disse que Yamauchi associou seu nome ao do líder do PCC (Primeiro Comando da Capital) Marcos Willians Herbas Camacho, que usa o mesmo apelido.
No processo, o chefe de gabinete de Lula disse que o prefeito promoveu uma confusão proposital entre os apelidos, criando a impressão equivocada de ligações entre ele, o PT e organizações criminosas.
Yamauchi argumentou que fez apenas uma “afirmação genérica acerca do crime organizado” e que, por ser figura pública, o assessor presidencial estaria sujeito a críticas políticas permitidas pela legislação brasileira.
A pena fixada é de 6 meses e 25 dias de detenção, em regime inicial aberto, além de 10 dias-multa.
Esta é a 2ª condenação de Taka Yamauchi pelo mesmo episódio. Em abril deste ano, a Justiça de São Paulo já havia condenado Yamauchi, na esfera cível, ao pagamento de R$ 14.000 por danos morais a Marcola. Segundo o jornal, o assessor de Lula decidiu que doará o valor ao Espaço Cultural Casa da Democracia, em Caraguatatuba.
Eis a integra da nota enviada pela Prefeitura de Diadema
Em relação à decisão proferida pela Justiça Eleitoral, o prefeito Taka Yamauchi informa que tomou ciência da sentença, que se refere a fatos ocorridos durante o período eleitoral. A decisão foi proferida em primeira instância e ainda está sujeita a recurso, que será apresentado no prazo legal, conforme orientação de sua assessoria jurídica. O prefeito reafirma seu respeito às instituições e à Justiça, confiante de que os esclarecimentos serão devidamente apreciados pelas instâncias superiores, no exercício pleno do direito ao contraditório e à ampla defesa. Neste momento, não haverá manifestação adicional sobre o mérito do processo.
