Janeiro já começa com alguns fenômenos importantes no céu e missões que irão definir os próximos anos da exploração espacial.

No começo do ano, já teremos alguns eventos astronômicos que serão únicos durante o ano de 2026. O destaque começa com a chuva de meteoros Quadrântidas que acontecerá entre 3 e 4 de janeiro e será uma das mais intensas do ano. Ainda em janeiro, também terá outra chuva de meteoros que acontecerá no dia 18. O início do ano também conta com uma Superlua que, apesar de ser mais fraca que a última, ainda será ótima para observações lunares.
O início do ano também já começa com cometas que poderão ser observados tanto no hemisfério Sul quanto no hemisfério Norte. Entre 4 e 7 de janeiro, o cometa 24P/Schaumasse atinge seu perigeu e brilho máximo e será possível observá-lo na parte da manhã. Já em 20 de janeiro, o cometa C/2024 E1 (Wierzchoś) estará próximo ao Sol e poderá ser visto no céu também. Ambos os cometas poderão ser vistos no céu em janeiro e terão um espetáculo no céu.
No campo da exploração espacial, janeiro de 2026 será ativo também com algumas missões com estimativas para acontecer neste mês. Uma delas é a missão que levará um robô humanoide em um vôo orbital realizado pela agência espacial indiana. Apesar de não ter data fixa e ainda poder ser adiada. Outra missão que também estava com estimativa para janeiro de 2026 é a Blue Moon Pathfinder da Blue Origin que realizará testes para futuras missões na Lua.
Chuva de meteoros
Janeiro de 2026 terá duas chuvas de meteoros em momentos diferentes sendo a primeira uma das mais intensas do ano. Essa será a chuva de meteoros Quadrântidas que terá um pico na noite de 3 de janeiro com estimativa de até 80 meteoros por hora. Ela é caracterizada por meteoros rápidos, brilhantes e com colorações amareladas e alaranjadas. No entanto, a observação em 2026 pode ser prejudicada pela Lua Cheia que acontecerá simultaneamente e poderá reduzir o número de meteoros visíveis.
A segunda de meteoros chuva do mês será as Gamma-Ursae Minorídeas que téra um pico em 18 de janeiro. A segunda chuva do mês terá uma atividade menor do que a Quadrântidas e terá apenas 3 meteoros por hora. Apesar da baixa taxa, as condições de observação serão melhores porque ocorrerá durante a Lua Nova. Com a Lua Nova, o céu estará escuro então a observação será melhor, principalmente em regiões com pouca poluição luminosa.
Cometas visíveis
Outras observações interessantes de 2026 que acontecerão em janeiro é a passagem de dois cometas. Entre 4 e 6 de janeiro, o cometa periódico 24P/Schaumasse será um dos principais alvos de observação pois atinge seu perigeu, ponto mais próximo da Terra, e simultaneamente atinge seu brilho máximo. O com pico de brilho está previsto para 7 de janeiro. Ele será melhor observado no céu matutino, apresentando atividade cometária típica como uma cauda definida.
Outro cometa que poderá ser observado em janeiro é o cometa C/2024 E1 (Wierzchoś) no dia 20 de janeiro. Ele irá se aproximar do periélio e, com isso, tende a intensificar o processo de sublimação de voláteis que acaba aumentando o brilho e a configuração da cauda. O cometa foi descoberto em 2024 e observações mostram que ele tem origem na Nuvem de Oort. A aproximação dele é uma oportunidade para estudar os objetos que compõem essa região extrema do Sistema Solar.
Exploração espacial
O mês também foi escolhido para diversas missões que iriam acontecer no final de 2025 mas foram adiadas. Uma dessas missões que tem estimativa para acontecer no mês é teste orbitam da Gaganyaan-1 que faz parte da agência espacial indiana. A missão tem como objetivo avaliar a cápsula para missões futuras. Além disso, a ideia é transportar o robô humanoide Vyommitra, projetado para simular atividades humanas.

No mesmo período, a Blue Origin tem como objetivo lançar a missão Blue Moon Pathfinder para avaliar a navegação, comunicação e desempenho do pousador lunar Blue Moon. A ideia é deixar tudo preparado para a etapa final, que consiste em entregas de carga à superfície da Lua. Já a NASA lançará a missão Pandora em 5 de janeiro com o objetivo de observar estrelas hospedeiras e exoplanetas, com o objetivo de separar efeitos da atividade estelar dos sinais atmosféricos e melhorar a interpretação de dados sobre habitabilidade.
Superlua
A última superlua de 2025 aconteceu em dezembro e foi uma das principais superluas dos próximos anos com uma configuração de eixo da Terra e posição da Lua únicas. Em janeiro de 2026 ocorrerá a primeira superlua do ano. O diâmetro aparente da Lua pode ser até 14% maior e o brilho até 30% mais intenso. Durante essa superlua, será possível ter uma iluminação mais intensa da superfície lunar, resultando em melhores observações de crateras visíveis a olho nu.
Essa superlua, no entanto, será melhor observada no hemisfério Norte, onde a Lua estará mais alta no céu durante o período de visibilidade máxima. No hemisfério Norte, as condições geométricas e de iluminação reduzirão efeitos, como o da refração atmosférica, proporcionando uma observação mais detalhada. No hemisfério Sul, a superlua ainda poderá ser visível mas com menos detalhes e uma observação mais fraca.
