A CIA (Agência Central de Inteligência) dos Estados Unidos esteve por trás do ataque com drone contra instalações portuárias na Venezuela. A operação não resultou em vítimas e foi a 1ª ação norte-americana conhecida a ser realizada no território venezuelano.
Os detalhes sobre o ataque foram divulgados pela CNN Internacional na 2ª feira (29.dez.2025) e confirmados pelo jornal New York Times.
Também na 2ª feira (29.dez), o presidente Donald Trump (Partido Republicano) afirmou que os EUA realizaram a operação, mas não forneceu nenhum detalhe sobre quem havia realizado, quando ou onde. De acordo com autoridades ouvidas pelos veículos de imprensa, o alvo foi uma área portuária onde a gangue Tren de Aragua armazenava drogas e preparava seu transporte em embarcações.
“Houve uma grande explosão na área do cais onde eles carregam os barcos com drogas”, disse Trump a jornalistas. “Eles carregam os barcos com drogas. Então nós atingimos todos os barcos, e agora atingimos a área”, declarou.
De acordo com pessoas familiarizadas com a operação, não havia pessoas no local durante o ataque.
Em entrevista a uma rádio na 6ª feira (26.dez), o presidente norte-americano mencionou que a operação havia se dado 2 dias antes. Posteriormente, ao falar com jornalistas na 2ª feira (29.dez) em Mar-a-Lago, sua residência na Flórida, Trump confirmou o envolvimento dos EUA.
A ação representa uma nova fase na campanha de pressão do governo Trump contra o governo de Nicolás Maduro (PSUV, esquerda). Diferentemente de operações anteriores dos EUA, que se limitavam a águas internacionais, este ataque se deu dentro das fronteiras venezuelanas.
Não está definido se o drone utilizado na missão pertencia à CIA ou foi emprestado dos militares norte-americanos. A Casa Branca e a CIA se recusaram a comentar sobre a operação quando questionadas pelo Times e pela CNN. Autoridades militares também não se pronunciaram sobre o assunto.
O governo venezuelano não comentou diretamente sobre o ataque, mas Diosdado Cabello, ministro do Interior da Venezuela, falou em meses de “loucura imperial” e “assédio, ameaças, ataques, perseguição, roubos, pirataria e assassinatos”.
