Bogotá – O senador colombiano e presidenciável Miguel Uribe Turbay (39) morreu na madrugada desta segunda-feira. No dia 7 de junho ele sofreu um atentado. Foi baleado durante um ato de campanha em Bogotá, quando foi atingido por três disparos, sendo dois na cabeça. Desde então, permaneceu em estado crítico na Fundação Santa Fe até o óbito. Um adolescente foi preso como suspeito no local, de posse de uma pistola Glock. Outras detenções ocorreram nas semanas seguintes, mas o mandante do crime e o motivo permanecem sem confirmação oficial.
A IMPORTÃNCIA DO CASO
A execução de um presidenciável revive fantasmas dos anos 80/90 e testa a capacidade da Colômbia, hoje governada pelo economista e ex-guerrilheiro, Gustavo Petro, de proteger opositores, desmantelar redes armadas e conter a violência política antes de 2026. O fato central permanece: não há, até o momento, evidência pública que conecte o governo ao atentado; há, sim, questionamentos sobre falhas de segurança e pressa por respostas sobre mandantes.
HIPÓTESES SOBRE O MOTIVO
As hipóteses sobre o motivo do assassinato, até agora, sâo as seguintes:
Ataque político organizado: a Segunda Marquetalia é tratada por investigadores como suspeita principal, mas sem conclusão judicial. (Segunda Marquetalia é o nome de um grupo dissidente das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), formado em 2019 por antigos comandantes que retornaram à luta armada após a assinatura do acordo de paz entre o governo colombiano e as FARC em 2016. Eles alegam que o governo não cumpriu os termos do acordo, justificando assim sua retomada da violência. O grupo é considerado um dos mais perigosos da Colômbia e possui forte presença na região nordeste do país, próxima à fronteira com a Venezuela, além de atuar em outras áreas e ter membros vivendo na Venezuela.)
Cooptação de menor por rede criminal: a prisão do atirador adolescente reforça a tática de recrutamento de menores por grupos armados – algo já denunciado pelo Ministério Público.
Crime com mandante ainda desconhecido: apesar das prisões, a autoria intelectual segue indeterminada, o que mantém abertas as leituras sobre motivação.
POSSÍVEIS IMPLICAÇÕES DO GOVERNO PETRO
Redução do aparato de segurança: A maior pressão recai sobre o Executivo por falhas (ou ruídos) no aparato de proteção: a redução do efetivo de escolta no dia do atentado tornou-se um ponto sensível. Petro diz ter determinado investigação sobre quem ordenou o corte; a oposição alega negligência e pedidos ignorados. Até aqui, não há prova de envolvimento do governo no crime.
A realidade agora é que a morte de um presidenciável em campanha polariza ainda mais o país. Críticos externos e internos apontam para uma escalada verbal no debate público, com um governo que diz repudiar a violência e nega qualquer responsabilidade.
Quanto à eleição de 2026 e segurança eleitoral, o acontecimento que resultou na morte de Miguel Uribe pressiona por protocolos mais rígidos de proteção a candidatos e por respostas rápidas sobre autores intelectuais, sob pena de erosão de confiança nas instituições.
LINHA DO TEMPO
7 de junho — Uribe é baleado em comício em Bogotá; detenção imediata de um suspeito de 14–15 anos. Governo condena o ataque e ordena investigação.
9–10 de junho — O presidente Gustavo Petro afirma que o esquema de proteção de Uribe foi reduzido, no próprio dia do atentado, de 7 para 3 agentes, e pede apuração da decisão do órgão estatal responsável. Aliados de Uribe dizem que havia pedidos prévios de reforço.
Junho–agosto — Autoridades prendem outros envolvidos e investigam a participação da Segunda Marquetalia (dissidência das FARC) como principal suspeita; um de seus comandantes, “Zarco Aldinever”, foi citado em informes de inteligência e depois dado como morto em ação separada. A autoria intelectual segue em aberto.
11 de agosto — Hospital confirma a morte de Miguel Uribe; reação nacional e internacional reacende temor de retrocesso à violência política às vésperas de 2026.
(Texto produzido com apoio de IA)
