O mercado brasileiro de soja registrou poucas ofertas nesta quinta-feira (8). Alguns lotes da safra 2024/25 foram negociados, mas os preços caíram novamente devido à combinação negativa entre o dólar e a Bolsa de Chicago (CBOT).
Apesar de favoráveis, os prêmios não conseguiram compensar a desvalorização, o que mantém os produtores afastados no curto prazo.
Os contratos futuros da soja na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam o dia em baixa pela terceira sessão consecutiva. As condições favoráveis das lavouras americanas indicam uma safra cheia, o que pressiona o mercado. Além disso, há preocupação com o enfraquecimento da demanda, especialmente da China.
As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2023/24, ficaram em 325.400 toneladas na semana encerrada em 1º de agosto. Para a temporada 2024/25, foram mais 985.200 toneladas. Analistas esperavam exportações entre 100 mil e 1,2 milhão de toneladas, somando-se as duas temporadas.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) deverá cortar suas estimativas para a safra e os estoques finais dos Estados Unidos em 2024/25. O relatório mensal de agosto do USDA será divulgado na segunda, 12, às 13h. Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em estoques americanos de 472 milhões de bushels em 2024/25 e 347 milhões de bushels para 2023/24. Em julho, a previsão do USDA era de 435 milhões e 345 milhões, respectivamente.
Para a produção, o mercado espera um número de 4,469 bilhões de bushels para 2024/25. Em julho, o Departamento apontou uma safra de 4,435 bilhões de bushels. Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais de 127,6 milhões de toneladas para 2024/25. Em julho, o número ficou em 127,8 milhões. Para 2023/24, a expectativa do mercado é de 110,9 milhões, abaixo dos 111,3 milhões indicados no mês passado.
O dólar comercial encerrou a sessão em queda de 0,9%, sendo negociado a R$ 5,5736 para venda e a R$ 5,5716 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,5633 e a máxima de R$ 5,6551.
Fonte: Canal Rural