Os casos de Monkeypox (Mpox) estão novamente aumentando em 2024, especialmente na África. A maioria dos novos casos está sendo registrada na República Democrática do Congo (RDC), onde há um surto significativo. O país reportou mais de 13.000 casos e centenas de mortes apenas neste ano, com a situação se agravando devido à identificação de uma nova variante do vírus, conhecida como clado 1b, que parece ser mais transmissível e letal.
Além da RDC, outros países africanos, como Burundi, Quênia, Ruanda e Uganda, estão relatando casos pela primeira vez, o que gerou preocupação global e levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma nova emergência de saúde pública de interesse internacional. No total, mais de 17.000 casos foram confirmados na África, com um risco moderado de disseminação para outras regiões.
Fora da África, os casos também continuam ocorrendo em países como os Estados Unidos, que já registrou cerca de 1.399 casos em 2024, embora a situação seja menos grave do que no continente africano.
A OMS e outros órgãos internacionais estão trabalhando para coordenar uma resposta global, incluindo a distribuição de vacinas e tratamentos, especialmente nas regiões mais afetadas?.
MONKEYPOX NO BRASIL
Os mais numerosos casos da Varíola dos Macacos ou Monkeypox registrados no Brasil aconteceram durante o surto de 2022, quando se constatou inclusive que a doença é transmitida, principalmente, entre homens que se relacionam sexualmente. Tal fato levou a um processo de redução drástica de divulgação de casos em resposta à reação dos grupos envolvidos por meio de redes sociais, exigindo que não fossem mencionadas as maiores vítimas do vírus, sob a justificativa de discriminação. Isso resultou no "esquecimento" do problema que agora volta a alarmar todos os países.
Durante o surto de 2022, observou-se que muitos casos ocorreram entre homens que fazem sexo com homens (HSH), especialmente em contextos de encontros sexuais. Esse padrão levou a uma maior conscientização sobre a transmissão em ambientes onde ocorre contato íntimo e próximo. No entanto, é importante destacar que a doença não é exclusiva de grupos específicos, e pode afetar qualquer pessoa exposta ao vírus.
A prevenção inclui evitar contato direto com pessoas infectadas, especialmente com suas lesões cutâneas, e seguir práticas de higiene rigorosas.
SITUAÇÃO ATUAL NO BRASIL
Em 2024, o Brasil tem visto um número reduzido de casos de Monkeypox (varíola do macaco) em comparação com os picos observados durante o surto de 2022. Até agora, o país registrou alguns casos isolados, mas não enfrenta um surto significativo como em outros países, especialmente na África. As autoridades de saúde brasileiras têm monitorado a situação de perto, realizando campanhas de conscientização e oferecendo vacinas para grupos de risco.
Apesar de a situação estar sob controle, o Ministério da Saúde continua vigilante, especialmente devido à proximidade geográfica com outros países da América Latina, onde também houve casos esporádicos. A recomendação atual é manter as medidas preventivas, como evitar contato próximo com pessoas sintomáticas e seguir boas práticas de higiene.
SOBRE A VARÍOLA DOS MACACOS OU MONKEYPOX
A varíola do macaco, ou Monkeypox (MPX), é uma doença viral rara, semelhante à varíola humana, mas menos grave. É causada pelo vírus Monkeypox, pertencente ao gênero Orthopoxvirus e à família Poxviridae. A doença foi descoberta pela primeira vez em 1958, em colônias de macacos utilizados para pesquisa, e o primeiro caso humano foi registrado em 1970 na República Democrática do Congo.
Transmissão
O vírus pode ser transmitido de animais para humanos (zoonose) e entre humanos. A transmissão zoonótica ocorre por meio de contato direto com sangue, fluidos corporais ou lesões de pele ou mucosas de animais infectados, como roedores e primatas. A transmissão entre humanos acontece principalmente por contato próximo com secreções respiratórias, lesões cutâneas de uma pessoa infectada ou objetos contaminados.
Sintomas
Os sintomas da varíola do macaco geralmente aparecem de 5 a 21 dias após a infecção e incluem:
Após 1 a 3 dias do início da febre, uma erupção cutânea desenvolve-se, geralmente começando no rosto e se espalhando para outras partes do corpo, incluindo as palmas das mãos e as solas dos pés. As lesões cutâneas passam por várias fases: máculas, pápulas, vesículas, pústulas, e finalmente crostas que caem.
Diagnóstico
O diagnóstico da varíola do macaco é feito por meio de testes laboratoriais, incluindo PCR (Reação em Cadeia da Polimerase), que detecta o DNA do vírus em amostras de lesões cutâneas, sangue ou outros fluidos corporais.
Tratamento
Não existe um tratamento específico para a varíola do macaco. O manejo da doença é sintomático e de suporte, e em alguns casos, antivirais como o Tecovirimat podem ser utilizados. Além disso, a vacina contra a varíola humana oferece alguma proteção contra a varíola do macaco.
Prevenção
A prevenção inclui evitar contato com animais selvagens que possam estar infectados, cozinhar bem carnes de animais, e medidas de controle em surtos, como o isolamento de casos suspeitos e a vacinação em casos específicos.
Surtos Recentes
Em 2022, houve um aumento significativo de casos em várias regiões do mundo, incluindo áreas onde a doença não era endêmica, levando a uma maior atenção das autoridades de saúde globais.
(Texto produzido com auxílio da IA)