MANAUS - A região do Amazonas enfrenta um desafio duplo que impacta diretamente a geração de energia elétrica: a estiagem prolongada e as dificuldades logísticas associadas ao transporte de combustível. A seca dos rios, especialmente nos rios Madeira e Purus, tem afetado significativamente o transporte aquaviário, essencial para o abastecimento das usinas termelétricas que dependem de combustível para operar.
A estiagem, que tem sido intensificada pelo fenômeno conhecido como "Super El Niño", reduziu os níveis dos rios a mínimos históricos, comprometendo a navegação e, consequentemente, o transporte de insumos vitais como o combustível. Este cenário é preocupante, pois muitos municípios do interior dependem exclusivamente de usinas termelétricas, que utilizam diesel como fonte de energia.
AMAZONAS ENERGIA
No entanto, há notícias que trazem um certo alívio. A Amazonas Energia, principal concessionária de energia do estado, assegurou que a geração de energia está garantida, apesar dos desafios atuais. Segundo a empresa, 75% dos clientes não dependem da navegação fluvial para o recebimento de combustível, graças à interligação com o Sistema Integrado Nacional (SIN) e ao gasoduto Urucu-Coari-Manaus, que abastece cinco usinas na região.
Para os municípios que ainda dependem do transporte fluvial, medidas estão sendo tomadas para garantir o abastecimento. Por exemplo, uma balsa com combustível chegou recentemente a Santa Izabel do Rio Negro, garantindo energia para os meses seguintes. Além disso, o Governo Federal tem atuado junto à Petrobras e outras entidades para assegurar a segurança energética das regiões afetadas.
AGÊNCIA NACIONAL
A situação exige uma atenção redobrada das autoridades e da população. A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) declarou situação de escassez hídrica nos rios Madeira e Purus, o que intensifica o monitoramento e a busca por ações preventivas para mitigar os impactos da estiagem.
Este contexto destaca a importância de diversificar as fontes de energia e melhorar a infraestrutura logística para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas e fenômenos naturais. Enquanto isso, a colaboração entre as concessionárias de energia, o governo e a comunidade é fundamental para garantir que a luz continue acesa em todos os cantos do Amazonas, mesmo diante de adversidades naturais.
(Texto produzido com apoio da IA)