MANAUS - Nas últimas décadas, o aumento das queimadas na Amazônia tem gerado grande preocupação ambiental, tanto no Brasil quanto internacionalmente. Entretanto, a confusão entre a denominação do Estado do Amazonas e a região amazônica tem levado a um entendimento equivocado sobre a origem e a responsabilidade dessas queimadas, o que contribui para a desinformação.
A Amazônia, como bioma, abrange nove países da América do Sul, sendo que a maior parte está no Brasil. O bioma amazônico ocupa cerca de 60% do território brasileiro e se estende por nove estados: Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima, Pará, Amapá, Tocantins, Maranhão e Mato Grosso. A região amazônica, portanto, não se restringe ao Estado do Amazonas, que é apenas uma das unidades federativas brasileiras dentro desse bioma.
Esse mal-entendido entre o nome do estado e a região amazônica tem gerado erros na atribuição de responsabilidades, principalmente no que se refere às queimadas. Relatórios e notícias internacionais frequentemente associam o aumento das queimadas exclusivamente ao Estado do Amazonas, quando, na realidade, outros estados, como Pará, Mato Grosso e Rondônia, também têm altos índices de desmatamento e incêndios.
Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o Pará, por exemplo, é o estado que mais concentra focos de queimadas na Amazônia Legal, seguido de perto por Mato Grosso e Rondônia. Ainda assim, a narrativa que circula no exterior frequentemente usa "Amazonas" como sinônimo de toda a Amazônia, o que pode induzir o público a acreditar que as queimadas estão concentradas apenas nessa região.
Especialistas ambientais alertam que essa confusão é prejudicial tanto para a compreensão dos problemas quanto para a formulação de políticas públicas. "Quando se fala de Amazônia, é preciso entender que estamos nos referindo a uma vasta região, e não a um único estado", explica o geógrafo João Ribeiro. "A fragmentação do bioma entre diferentes estados brasileiros torna a questão das queimadas um desafio para diversos governos estaduais, não apenas para o Amazonas".
Esse equívoco reforça a importância de uma comunicação mais clara e precisa sobre o bioma amazônico, seus estados e a distribuição dos focos de incêndio. Somente com informações corretas será possível avançar em uma solução conjunta para o problema das queimadas, que afeta não apenas o Brasil, mas o clima global como um todo.
(Texto produzido com auxílio de Inteligência Artificial)