Ginasta da Costa Rica faz gesto do 'Black Lives Matter' ao competir em Tóquio

Ginasta da Costa Rica faz gesto do 'Black Lives Matter' ao competir em Tóquio
Atleta de 18 anos concluiu sua apresentação no solo ajoelhada e com o punho erguido, símbolo dos movimentos contra o racismo nos EUA. Luciana Alvarado, ginasta da Costa Rica, ergue o punho no gesto que marcou os protestos "Black Lives Matter" ao terminar sua prova de solo das Olimpíadas neste domingo (25)

Natacha Pisarenko/AP Photo

A ginasta Luciana Alvarado, da Costa Rica, chamou atenção no domingo (25), ao concluir a prova eliminatória de solo nos Jogos Olímpicos de Tóquio: após terminar a série, a jovem ergueu o punho, ajoelhada — gesto símbolo do movimento "Black Lives Matter".

A jovem de 18 anos, cuja mãe e treinadora, Sherli Reid, é negra, simulou a postura que ficou famosa em protestos em todo o mundo, principalmente no meio esportivo, depois do assassinato do afro-americano George Floyd no ano passado pelas mãos de um policial na cidade americana de Minnesota.

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"Sinto que se você faz algo que une a todos é como dizer, 'Você é um dos meus, entende as coisas', disse Alvarado ao site especializado GymCastic.

"É importante que todos sejam tratados com respeito e dignidade e todos devem ter os mesmos direitos porque somos iguais e todos somos belos e surpreendentes. Por isso adoro fazer isso na minha série."

A costa-riquenha acumulou 51.306 pontos no evento geral, disputado no Ariake Arena e acabou em 51º lugar entre 85 ginastas. O resultado não foi suficiente para se situar entre as melhores 24, que disputarão a final.

Gesto de joelhos

Daniel Bibby, jogador de rúgbi da Grã-Bretanha, se ajoelha em protesto contra o racismo antes de iniciar partida válida pelas Olimpíadas de Tóquio nesta segunda (26)

Siphiwe Sibeko/Reuters

O sinal em protesto contra o racismo nos Jogos Olímpicos de Tóquio foi visto já na quarta-feira passada, na rodada preliminar de futebol: jogadoras de Chile, Estados Unidos, Grã-Bretanha, Nova Zelândia e Suécia se ajoelharam no campo.

Protestos do tipo, então, se repetiram em outras modalidades ao logo destes primeiros dias de Jogos Olímpicos em Tóquio, como o rúgbi.

Em abril, em uma mudança de postura, o Comitê Olímpico Internacional (COI) ouviu a Comissão de Atletas e decidiu flexibilizar alguns pontos sobre protestos e manifestações políticas nas Olimpíadas de Tóquio. Elas seguem proibidas no pódio.

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