BRASILEIROS MORREM AFOGADOS NO ATLÂNTICO AO TENTAR ENTRAR ILEGALMENTE NA GUIANA FRANCESA

Após 12 dias do naufrágio de uma canoa com 24 brasileiros no Oceano Atlântico, na costa da Guiana Francesa, foram encontrados mais dois corpos, chegando chegou a três o número de mortos achados em alto mar.

BRASILEIROS MORREM AFOGADOS NO ATLÂNTICO AO TENTAR ENTRAR ILEGALMENTE NA GUIANA FRANCESA
AMAPÁ - Informação publicada pela imprensa da Guiana Francesa foi confirmada pela PF, que iniciou coleta de DNA de familiares para identificar se corpos são de desaparecidos. PF começa a coleta de material genético de parentes de desaparecidos em naufrágio na costa da Guiana Francesa

Após 12 dias do naufrágio de uma canoa com 24 brasileiros no Oceano Atlântico, na costa da Guiana Francesa, foram encontrados mais dois corpos, chegando chegou a três o número de mortos achados em alto mar. A informação foi noticiada pela imprensa do país e confirmada pela Polícia Federal, que conduz a investigação no Brasil.

A PF informou que ainda não é possível atestar se os corpos são das vítimas do naufrágio, em função da falta de informação sobre a viagem, que era clandestina e, portanto, não há uma lista oficial de desaparecidos. Apenas relatos dos familiares.

A canoa partiu na tarde de 28 de agosto de Oiapoque, no extremo norte do Amapá, com destino a Guiana Francesa. O naufrágio aconteceu na noite do mesmo dia. Todos viajaram em busca de trabalho e melhores condições de vida no departamento francês na América do Sul.

Além dos 3 corpos encontrados, outras 4 pessoas foram resgatadas com vida em alto mar. O sexo dos localizados não foi informado. Do total de viajantes, 17 eram homens e 7 eram mulheres.

Para facilitar a identificação, a PF iniciou nesta quinta-feira (9) a coleta de material genético de familiares dos tripulantes.

Dois pontos foram montados para receber os parentes até a sexta-feira (10): na Superintendência Regional da PF, em Macapá, e na delegacia da corporação em Oiapoque.

Além da convocação de familiares pela PF, uma base foi montada em Oiapoque organizada pelo governo do Amapá com órgãos como o Corpo de Bombeiros e o Centro de Cooperação Policial Franco-Brasileiro.

Naufrágio e resgate

Em comunicado, a prefeitura da região da Guiana Francesa detalhou que a operação de resgate no mar foi iniciada depois que uma embarcação encontrou uma mulher agarrada em uma boia.

Ela estava no canal de acesso ao porto de Kourou, do lado francês, e contou, segundo a nota, que estava à deriva depois que a canoa em que ela estava naufragou na noite de 28 de agosto.

Foram destinadas à região um helicóptero e embarcações especializadas "para procurar possíveis náufragos em uma ampla faixa costeira de Caiena a Sinnamary", cidades que ficam distantes 100 quilômetros uma da outra.

As buscas foram feitas por dois dias, na terça (31) e na quarta-feira (1º), e foram resgatadas 4 pessoas com vida, em diferentes pontos do mar, e um corpo sem identificação.

Com a decisão do governo francês de suspender as buscas, um grupo de voluntários resolveu procurar desaparecidos por conta própria em alto mar. O Ministério Público de Caiena abriu um inquérito policial judicial, confiado à Brigada Marítima de Caiena.