Freira colombiana sequestrada no Mali é libertada depois de 4 anos

Freira colombiana sequestrada no Mali é libertada depois de 4 anos
Gloria Cecilia Narvaez foi capturada por extremistas de grupo islâmico ligado à Al-Qaeda em 2017. Foto da presidência do Mali divulgada neste sábado (9) mostra a freira colombiana Gloria Narvaez ao lado de autoridade católica do Mali

Presidência do Mali/Twitter

O governo do Mali afirmou neste sábado (9) que a freira colombiana Gloria Cecilia Narvaez, sequestrada há quatro anos por extremistas islâmicos do país, foi finalmente libertada.

Militantes da facção Frente de Libertação de Macina, um grupo terrorista ligado à al-Qaeda, sequestraram a religiosa em 2017. Integrantes da Igreja dizem que os extremistas acusaram Gloria de querer converter muçulmanos, que são majoritários no Mali.

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Durante esses anos, Gloria conseguiu se comunicar com a família, que enviava cartas que chegavam ao cativeiro. Enquanto esteve sequestrada, soube da morte de sua mãe na Colômbia aos 87 anos.

O jornal colombiano "El Tiempo" afirma que existia uma preocupação com o estado de saúde de Gloria. Ainda não há detalhes sobre as condições físicas da freira colombiana nem do possível retorno ao país sul-americano.

Extremismo preocupa norte da África

O caso envolvendo a freira colombiana é mais um entre tantos episódios de violência envolvendo extremismo islâmico na região do Sahel — faixa entre o deserto do Saara e a África Subsaariana. A situação mais tensa é justamente ali onde a religiosa foi sequestrada, entre o Mali e a Burkina Faso.

A França, que colonizou grande parte da região e mantém diálogo com os governos dos países do Sahel, tem presença militar nas áreas mais críticas. Houve inclusive operações que vitimaram militares franceses.

Em julho, o presidente Emmanuel Macron afirmou que a França vai começar a fechar as bases militares no norte do Mali e que manterá um limite de até 3 mil soldados na região, bem menos do que os 5,1 mil presentes atualmente.