ÚLTIMA paciente com ebola tem alta na Guiné e país começa contagem regressiva até fim de surto

Agora, é necessário esperar 42 dias até que o surto, que começou em fevereiro, seja declarado oficialmente terminado.

ÚLTIMA paciente com ebola tem alta na Guiné e país começa contagem regressiva até fim de surto

NOVA GUINÉ - A última paciente com ebola na Guiné, na África Ocidental, teve alta, informou neste domingo (25) o escritório da Organização Mundial de Saúde (OMS) para a Região Africana.

Agora, o país está em contagem regressiva de 42 dias para declarar o fim do surto da doença, que começou em fevereiro. Até o início de abril, 15 pessoas tiveram teste positivo para a doença e 9 morreram, segundo a agência de notícias Reuters.

Na conta do Twitter da OMS regional da África, a entidade disse que a paciente, cujo nome não foi identificado, teve alta e foi para casa na manhã de sábado (24).

"Sem mais casos confirmados de ebola, uma contagem regressiva de 42 dias para declarar o fim do surto de ebola na Guiné começou oficialmente", informou a OMS.

Um surto de ebola é normalmente declarado terminado depois de 42 dias após um segundo teste negativo de amostras de sangue do último caso confirmado.

A Guiné iniciou, no final de fevereiro, uma campanha de vacinação para conter a propagação do vírus, que causa hemorragias graves e falência de órgãos e se espalha pelo contato com fluidos corporais.

Recontagem

No dia 2, a contagem regressiva para o fim do surto na Guiné precisou ser zerada depois que um caso foi detectado na cidade de Soulouta, no sudeste do país, após quase um mês sem ocorrências.

Na época, alguns moradores montaram barricadas nas estradas para a cidade, negando acesso às equipes de rastreio. Pessoas suspeitas de estarem infectadas tiveram que ser rastreadas depois de fugir da cidade, segundo a agência de notícias Reuters.

Souluta fica a menos de 20km de onde o surto atual começou; é o primeiro ressurgimento do vírus na Guiné desde sua epidemia mais mortal, que matou mais de 11 mil pessoas na Guiné, Libéria e Serra Leoa entre 2013 e 2016.

Em março, a OMS disse que o ressurgimento de fevereiro foi provavelmente desencadeado por uma infecção latente na população humana do último surto de ebola – e não pelo vírus pulando a barreira entre animais e humanos novamente.