Ômicron já está em quase 90 países e se espalha mais rápido que delta, diz OMS
Números de infectados pela nova variante dobram num intervalo médio de menos de três dias, segundo a organização, que alerta sobre a possibilidade de hospitais ficarem sobrecarregados. Imagem destaca variante ômicron do coronavírus feita com um microscópioCortesia Faculdade de Medicina da Universidade de Hong KongA Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou neste sábado (18) que a variante ômicron do novo coronavírus já está presente em quase 90 países e que se espalha mais rápido que a delta: o número casos está dobrando no intervalo de apenas 1,5 a três dias.Compartilhe esta notícia no WhatsAppCompartilhe esta notícia no TelegramA ômicron está se espalhando rapidamente também em países com altos níveis de imunização entre a população. Mas, segundo a OMS, ainda não está claro se isso se deve à capacidade do vírus de escapar da imunidade, a seu inerente aumento de transmissibilidade ou uma combinação de ambos.A OMS designou a ômicron como uma variante de preocupação em 26 de novembro, logo após ter sido detectada pela primeira vez, e ainda há muitas questões em abeto sobre ela, incluindo a gravidade da covid-19 gerada.LEIA TAMBÉMReino Unido registra 7 mortes pela ômicronComo fabricantes de vacina se preparam para nova cepaÔmicron: o que se sabe sobre nova variante detectada na África do Sul"Ainda há dados limitados sobre a gravidade clínica da ômicron", disse a OMS. "São necessários mais dados para entender o perfil de gravidade e como a gravidade é impactada pela vacinação ou pela imunidade pré-existente"."Ainda há poucos dados disponíveis, e nenhuma evidência revisada por pares (científicos), sobre a eficácia da vacina ou a eficácia até o momento para a ômicron".A OMS advertiu que, com os casos aumentando tão rapidamente, os hospitais podem ficar sobrecarregados.Variante ômicron já foi detectada em 89 países, alerta a OMSEficácia das vacinasNa última semana, a farmacêutica americana Pfizer anunciou que estudos clínicos recentes confirmaram que sua pílula experimental para o tratamento da covid-19, chamada de Paxlovid, reduz em quase 90% o risco de hospitalização ou morte pela doença em adultos e funciona também contra ômicron."Esta notícia fornece mais corroboração de que nosso candidato a antiviral oral, se autorizado ou aprovado, pode ter um impacto significativo na vida de muitos", disse o diretor-executivo da Pfizer, Albert Bourla, ressaltando que o novo medicamento poderia "salvar vidas"."Esta notícia fornece outra ferramenta potencialmente poderosa na nossa luta contra o vírus, inclusive contra a variante ômicron", comentou o presidente dos EUA, Joe Biden.Também nesta semana, um estudo de larga escala divulgado na África do Sul indicou que duas doses da vacina da Pfizer-Biontech para a covid-19 oferecem uma proteção de apenas 33% contra uma infecção com a variante ômicron do novo coronavírus, mas de 70% contra hospitalizações. Cientistas classificaram o resultado de encorajador, embora represente uma proteção menor do que a oferecida contra outras variantes.A OMS alertou que as baixas taxas de vacinação em regiões como a África oferecem um solo fértil para o aparecimento de novas variantes. Segundo a agência da ONU, o continente africano poderá ter de esperar até o segundo semestre de 2024 para conseguir vacinar 70% de seus 1,3 bilhão de habitantes contra a covid-19 – meta já atingida por muitos dos países mais ricos.