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Amapá

Grupo vai mapear açaizeiros nativos em 9,7 mil hectares de floresta na costa do Amapá


Iniciativa conta com colaboração de pesquisadores de instituições científicas e produtores de açaí. Açaizeiros no Amapá

John Pacheco/G1

Pesquisadores e trabalhadores da cadeia produtiva do açaí se organizam para mapear açaizais nativos na Amazônia do Amapá. Estudos preliminares indicam a existência de grande produção de açaí numa área de 9,7 mil hectares entre os municípios de Laranjal do Jari e Calçoene, na costa amapaense.

O estudo, coordenado pela Universidade do Estado do Amapá (Ueap), tem apoio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Unidades Territoriais de Extensão e Pesquisas (Utex) e do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa).

Um encontro entre as instituições na sexta-feira (17) apresentou as áreas que podem ser melhor estudadas. Também foram discutidas que ferramentas serão usadas para esse mapeamento.

Pró-reitor de pesquisa e pós-graduação da Ueap, Gabriel Araújo explicou que o levantamento será importante principalmente para desmistificar qual o percentual de açaizeiros realmente explorados no Amapá.

"Esse dado é muito ventilado em algumas afirmações em dizer que só 5% dos açaizais no Amapá são explorados. Só que a gente ainda não tem com certeza qual é essa área de açaizais nativos como um todo. É aí que está a relevância de realizar esses estudos para, ao final, a gente conseguir mapear os açaizais nativos aqui no estado", ressaltou.

Gabriel Araújo, pró-reitor de pesquisa e pós-graduação da Ueap

Victor Vidigal/g1

Até este momento do estudo, segundo Araújo, já foram feitas atividades no município de Mazagão e em comunidades do Beira Amazonas e do arquipélago do Bailique.

A ideia é que os monitoramento seja feito por meio de sensores remotos, como drones ou até mesmo imagens de satélites, mas o apoio dos moradores das comunidades tradicionais também é necessário.

"Olhando por satélites e drones, temos uma visão ainda muito distante do que é a realidade dessas comunidades e eles [moradores], participando de forma ativa desse processo, nos ajuda no refinamento desses dados", lembrou o pró-reitor.

Encontro sobre mapeamento de açaizais nativos no Amapá

Victor Vidigal/g1

Para a geóloga e pesquisadora do Iepa, Valdenira Pereira, um dos principais desafios do estudo é a dificuldade logística na Amazônia.

"Apesar de a gente estar falando de técnicas sofisticadas de monitoramento dos recursos naturais, a gente tem sempre que lembrar que essas técnicas precisam de validação de dados em campo. Isso é um grande desafio numa região como a nossa, que tem várias limitações de acesso às áreas", contou.

Amiraldo Picanço, presidente da Amazonbai

Amazonbai/Divulgação

A pesquisa também tem sido bem recebida pelos produtores de açaí. O monitoramento é visto como parte do planejamento dos profissionais durante o ano, destacou Amiraldo Picanço, que é presidente da AmazonBai, uma fábrica agroindustrial para o beneficiamento e produção de açaí.

"Essa questão do mapeamento dos açaizais é muito importante para as comunidades se organizarem melhor na questão do monitoramento da produção de açaí, no planejamento de safra. Esse momento é fundamental para a gente buscar políticas públicas para dentro dos territórios", frisou.

O Núcleo de Desenvolvimento Territorial Sustentável, responsável pela pesquisa de mapeamento dos açaizais, também conta com pesquisadores da Universidade Federal do Amapá (Unifap) e do Instituto Federal do Amapá (Ifap).

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G1

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