Caso Flávio: Justiça absolve Paola Valeiko e impronuncia Alejandro Valeiko no processo

Caso Flávio: Justiça absolve Paola Valeiko e impronuncia Alejandro Valeiko no processo
Filhos da ex-primeira dama de Manaus eram réus no processo que julga o assassinato do engenheiro. No caso de Alejandro, o processo poderá ser reaberto contra ele caso surjam novas provas. Paola e Alejandro Valeiko eram julgados por suspeita de envolvimento no assassinato do engenheiro Flávio Rodrigues.

Orlando Júnior/Rede Amazônica e Carolina Diniz/g1 AM

A Justiça do Amazonas absolveu Paola Valeiko Molina e impronunciou Alejandro Molina Valeiko no processo que julga os acusados pela morte do engenheiro Flávio Rodrigues, ocorrida em 2019. Eles são filhos da ex-primeira dama de Manaus, Elizabeth Valeiko, e eram réus na ação penal.

Os demais acusados, Elizeu da Paz de Souza e Mayc Vinicius Teixeira Parede, serão levados a júri popular. Já José Edvandro Martins de Souza também foi absolvido.

A decisão é do juiz Celso Souza de Paula, da 1ª Vara do Tribunal do Juri de Manaus, e foi proferida na sexta-feira (17). Para o magistrado não há indícios suficientes da participação de Alejandro Valeiko no homicídio do engenheiro.

No entanto, como ele foi impronunciado, o processo poderá ser reaberto contra ele caso surjam novas provas.

Engenheiro Flávio Rodrigues dos Santos foi assassinado em Manaus, em setembro de 2019.

Arquivo Pessoal

"(...) o conjunto probatório amealhado durante a fase de investigação e apresentadas durante a ação penal, não comprovam, em momento algum, os necessários indícios suficientes de autoria delitiva do acusado Alejandro, sem qualquer imputação precisa e da relevância de sua omissão para a criação do risco e do resultado posterior, tal qual exige o art. 13, § 2º, do Código Penal. Dessa forma, resta evidente ser caso de impronúncia do corréu Alejandro Molina Valeiko [...], em razão da falta de demonstração dos indícios suficientes de autoria delitiva”.

Já em relação a absolvição sumária de Paola Vaileiko, que respondia por fraude processual, o magistrado entendeu que não houve dolo na sua conduta.

Segundo o Ministério Público do Amazonas (MPAM), ela teria limpado manchas de sangue no local do homicídio com o intuito de alterar o estado do imóvel, antes da realização da perícia.

"Necessário verificar a ausência de qualquer conduta tipificada como crime, portanto, o fato é totalmente atípico, especialmente porque ausente de dolo em sua conduta, legitimando o comando de sua absolvição sumária, nos termos do art. 397, III, do Código de Processo Penal", decidiu.

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Demais réus

Elizeu da Paz de Souza e Mayc Vinicius Teixeira Parede serão levados a júri popular. Os dois aguardarão o julgamento em liberdade. Já em relação à tentativa de homicídio de Elielton Magno, o juiz impronunciou Elizeu.

Em relação ao réu José Edvandro Júnior, que também foi absolvido, o juiz registrou: "A conduta do réu, pelo apresentado e colido em Instrução Processual, é a atípica, uma vez que o réu comunicou o que aconteceu, sem ter maiores detalhes, visto que não havia maiores informações naquele momento".

Crime aconteceu durante festa em condomínio de luxo

O homicídio do engenheiro Flávio Rodrigues dos Santos ocorreu no dia 29 de setembro de 2019, após uma festa na casa de Alejandro Molina Valeiko, filho da primeira dama, Elizabeth Valeiko. Segundo a polícia, os amigos estavam na casa de Alejandro Valeiko bebendo e usando drogas.

De repente, começou uma discussão, seguida de agressões com facas. O engenheiro Flávio dos Santos foi esfaqueado e morreu.

Ainda de acordo com a polícia, Santos foi encontrado morto no bairro Tarumã, no dia seguinte. O local onde estava o corpo fica próximo à casa de Alejandro.

De acordo com as investigações, o policial militar Elizeu da Paz de Souza, que estava lotado na Casa Militar da Prefeitura de Manaus e seria segurança de Alejandro, estava dirigindo um carro alugado da Prefeitura. A polícia diz que o PM Elizeu de Souza foi até o condomínio, colocou o corpo no carro da Prefeitura de Manaus e saiu do local da festa.

Lutador de MMA, Mayc Parede confessou sua participação no crime ao ser preso em 2019, alegando ser o culpado pelas facadas desferidas na vítima. Ele aparece em vídeos de segurança dando entrada no condomínio onde ocorreu o crime.

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