Ministros da Defesa da Rússia e do Reino Unido vão se reunir para discutir crise com Ucrânia

Ministros da Defesa da Rússia e do Reino Unido vão se reunir para discutir crise com Ucrânia
Fontes informam que encontro deve acontecer na próxima semana em meio à tensão na fronteira da Rússia e Ucrânia. EUA e União Européia temem invasão. Exercício militar russo leva tanques de guerra para a fronteira com a Ucrânia

Reprodução

O ministro da Defesa da Rússia, Serguei Shoigu, aceitou um convite para se encontrar com seu colega britânico Ben Wallace para discutir a crise na fronteira Rússia-Ucrânia, informou uma fonte de defesa do Reino Unido neste sábado (22).

"O secretário de Defesa está satisfeito que a Rússia tenha aceitado o convite para falar com seu colega", informou a fonte.

"Desde que a última reunião bilateral entre nossos dois países ocorreu em Londres em 2013, o ministro da Defesa russo, Serguei Shoigu, propôs um encontro em Moscou", acrescentou.

Do lado britânico, "o ministro deixou claro que exploraria todos os caminhos para alcançar a estabilidade e resolver a crise ucraniana", acrescentou a fonte, que especificou que ainda está "em comunicação com o governo russo" sobre os detalhes.

LEIA MAIS:

Rússia exige retirada das tropas da Otan da Romênia e da Bulgária

Rússia pode atacar Ucrânia 'a qualquer momento', dizem EUA

VÍDEO: Imagens de satélite mostram tropas russas perto da fronteira com a Ucrânia

O anúncio da reunião bilateral acontece no momento de alívio entre o Ocidente e Moscou, que começou na sexta (21), após várias semanas de conversas em Genebra entre os chefes da diplomacia russa e americana, Serguei Lavrov e Antony Blinken.

Ambos concordaram em continuar as conversas "francas" na próxima semana, trazendo ao secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, a esperança de que uma invasão russa ou incursão militar na Ucrânia "não aconteça".

O Ocidente acusa a Rússia de concentrar dezenas de milhares de soldados na fronteira para preparar um ataque.

O Kremlin nega qualquer intenção bélica, mas condiciona a redução das hostilidades a tratados que garantam a não expansão da Otan, em particular para a Ucrânia, bem como a retirada da Aliança Atlântica do Leste Europeu.

Algo que os ocidentais consideram inaceitável e ameaçam a Rússia com duras sanções em caso de ataque.