Exportações brasileiras de frango crescem 19,7% em janeiro

Exportações brasileiras de frango crescem 19,7% em janeiro
Qualidade e carne livre de Influenza aviária são alguns dos fatores que sustentam demanda por produto nacional. Preço da proteína aumentou no mercado internacional por causa da alta dos custos dos insumos. Preço do frango aumentou devido a maior procura.

Claudio Schwarz/Unplash

Exportações brasileiras de carne de frango somaram 349,1 mil toneladas, volume que supera em 19,7% os embarques realizados no mesmo período do ano passado, com 291,6 mil toneladas, informou a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) nesta segunda-feira (7).

O resultado das vendas de carne de frango no primeiro mês deste ano chegou a US$ 616,9 milhões, alta de 42% contra janeiro de 2021, com US$ 434,4 milhões.

Conforme avaliação do presidente da ABPA, Ricardo Santin, o mercado internacional de produtos avícolas tem enfrentado a forte pressão da alta dos custos dos insumos, o que é refletido nos preços mais elevados.

“A elevação dos preços da proteína é um fenômeno global. O preço médio das exportações brasileiras neste mês foi 18,6% superior, o que ajudou a diminuir a forte pressão gerada pelos custos do milho e da soja, além de outros insumos que encareceram no mercado brasileiro", detalha Santin.

"O ponto positivo é que, mesmo diante do preço mais caro, a carne de frango brasileira segue fortemente demandada graças a atributos como a qualidade dos produtos e o fato do Brasil ser o único grande exportador livre de Influenza Aviária”, acrescenta.

China, maior compradora

A China, maior importadora da carne de frango do Brasil, incrementou suas compras em 4,6%, com 48,3 mil toneladas em janeiro.

O grande destaque, entretanto, é o segundo principal importador, posto que foi assumido pelos Emirados Árabes Unidos que, em janeiro, importou 42,8 mil toneladas, número 96,6% maior do que o registrado no primeiro mês do ano passado.

Outro mercado que aumentou as suas importações é a União Europeia 53,5%, com 18,1 mil toneladas. Também foram destaques as Filipinas, com 11,4 mil toneladas (+339,4%), Coreia do Sul, com 10 mil toneladas (+94%) e Rússia, com 9,2% (100%).

“A questão sanitária também está ditando o comportamento do mercado internacional para o Brasil. Países da Europa, Ásia e África vem enfrentando focos da enfermidade e há uma situação crítica instalada, em especial, em nações da União Europeia. Neste quadro, o fato de nunca termos registrado Influenza Aviária no país tem sido um diferencial competitivo, reforçando a posição brasileira como porto seguro para a demanda mundial de carne de frango”, avalia Luís Rua, diretor de Mercados da ABPA.