Donald Trump processa Hillary e outros rivais por ter sido acusado de conluio com os russos

Donald Trump processa Hillary e outros rivais por ter sido acusado de conluio com os russos
O ex-presidente dos EUA entrou na Justiça para pedir dinheiro de adversários do Partido Democrata que teriam 'tecido uma narrativa' sobre um suposto conluio entre o governo russo e a campanha de Trump. Procurador livra Donald Trump de acusação de conluio com a Rússia

Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, entrou com um processo nesta quinta-feira (22) contra sua rival nas eleições de 2016, Hillary Clinton, e outros membros do Partido Democrata. Trump afirma na Justiça que os adversários tentaram roubar as eleições daquele ano ao vincular a campanha dele à Rússia.

O ex-presidente já verbalizou, durante seus anos no poder, alguma das questões que estão contempladas nesse processo.

“Agindo em conluio, os acusados, de forma maliciosa, conspiraram para tecer uma falsa narrativa que o opoente deles, Donald Trump, estava em contato com uma força estrangeira soberana”, afirma o documento protocolado na Justiça.

Robert Mueller depõe ao Congresso nesta quarta-feira (24).

Alex Brandon/AP

A ação afirma que houve extorsão e conspiração para cometer fraudes prejudiciais naquelas eleições, entre outras alegações.

Nenhuma pessoa que representa Clinton se pronunciou.

Trump pede compensações —ele diz que foi obrigado a gastar dinheiro por causa das ações dos adversários. Não se cita qual o valor que ele pede, mas é menos de US$ 24 milhões, além de custos processuais.

Entre as pessoas que Trump processou está Christopher Steele, um ex-espião do Reino Unido. Steele escreveu um dossiê que foi encaminhado ao FBI e a jornais americanos antes das eleições de 2016. No texto, havia informações que nunca foram comprovadas sobre viagens de Trump na Rússia, e dizia-se que o governo russo trabalhava para eleger Trump.

Em 2020, o Senado dos EUA redigiu um relatório em que se concluía que a Rússia empregou um marqueteiro político, Paul Manafort, e usou o site WikiLeaks para tentar ajudar Trump nas eleições de 2016.

Manafort trabalhou para a campanha de Trump durante cinco meses em 2016.

Os russos negam ter tentado interferir nas eleições daquele ano.

A Procuradoria-Geral dos EUA instaurou uma investigação especial para averiguar o caso. O líder da força-tarefa, Robert Mueller, publicou seu texto em 2019. Ele vinculava o governo russo à campanha de Trump, mas não chegou a processar nem o ex-presidente nem seus aliados.

Em seu relatório, Mueller afirmava que o governo russo entendia que iria se beneficiar de um governo de Trump e chegou a trabalhar para uma vitória do político do Partido Republicano.