Corpo de promotor paraguaio assassinado na Colômbia é repatriado

Corpo de promotor paraguaio assassinado na Colômbia é repatriado
O promotor Marcelo Pecci estava saindo da água quando foi atingido por um tiro, de acordo com jornalista paraguaio amigo da esposa de Pecci. Manifestação de funcionários do Ministério Público do Paraguai pela morte do promotor, em 13 de maio de 2022

Norberto Duarte/AFP

O caixão com o corpo do promotor paraguaio Marcelo Pecci, que foi assassinado a tiros durante sua lua-de-mel na Colômbia, foi repatriado nesta sexta-feira (13).

O corpo foi embarcado na cidade de Cartagena, na Colômbia.

O promotor, de 45 anos, estava na ilha de Barú, perto de Cartagena, para onde ele havia viajado com a esposa, a jornalista Claudia Aguilera. Quando ele estava na praia, dois pistoleiros se aproximaram pelo mar, de jet-ski, e o mataram.

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O jornalista Óscar Lovera, colega de Aguilera no Unicanal, deu detalhes do crime à W Radio nesta sexta-feira (13).

"Marcelo entrou um pouco na água pela última vez", saiu do mar, quando um homem se aproxima, "saca a arma que aparentemente estava escondida debaixo da camiseta" e "o ataca de lado", disse Lovera.

Depois de atirar nele, fugiu "cobrindo o fuga com tiros porque tinha gente que aparentemente queria pegá-los", acrescentou.

A imprensa local também informou que o promotor fazia parte de uma operação chamada "Ultranza", contra o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro

Divulgação/MINISTERIO PÚBLICO DO PARAGUAI/via BBC

Segundo a verão do hotel, os agressores também atiraram em um guarda, que saiu ileso.

O procurador-geral da Colômbia, Francisco Barbosa, assegurou que existe uma hipótese muito avançada sobre a motivação: o assassinato estaria relacionado com o "crime organizado trasnacional".

"Estas estruturas criminosas fazem o que tiverem que fazer para alcançar seus objetivos. São práticas que têm sido vistas também em outros países, como o México", disse Barbosa em entrevista à revista Semana.

A polícia divulgou a imagem de um dos supostos agressores de Pecci em busca de informação que permita sua captura. Na foto vê-se um homem magro, de pele morena, sorridente, com um chapéu e óculos de sol.

Segundo Lovera, este foi o homem que atirou.

As autoridades oferecem uma recompensa equivalente a US$ 488 mil (cerca de R$ 2,5 milhões) por informação que leve à captura dos assassinos.

Pecci era promotor especializado no crime organizado, narcotráfico, lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo.

Ele se casou em 30 de abril e sua esposa está grávida.

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