Meta, dona do Facebook, se une a organizações brasileiras para construir metaverso

Meta, dona do Facebook, se une a organizações brasileiras para construir metaverso
Controladora do Facebook anunciou novas parcerias para definir padrões de construção responsável do universo virtual. Empresa investirá US$ 50 milhões em projetos e pesquisas. Horizon Workrooms, ambiente em realidade virtual desenvolvido pela Oculus, empresa do Facebook

Divulgação

A Meta, dona do Facebook, anunciou nesta quarta-feira (18) parcerias com organizações de vários países para definir padrões de bem-estar e segurança para o metaverso, espécie de universo digital que tem recebido investimentos da empresa. Entre as dez entidades, há quatro do Brasil.

Os acordos da Meta com as organizações preveem um investimento total de US$ 50 milhões ao longo de dois anos, que já havia sido anunciado em 2021. Segundo a empresa, o objetivo é fomentar projetos e pesquisas externas que contribuam para uma construção responsável do metaverso.

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"O metaverso é um conjunto de espaços virtuais que podem ser criados e explorados por pessoas que não estão num mesmo espaço físico", explica a Meta. "Neles, é possível estar com amigos, trabalhar, jogar, aprender, comprar, criar e muito mais".

Estas são as novas parceiras da Meta e seus compromissos:

ITS Rio (Instituto de Tecnologia de Sociedade do Rio, Brasil): criará grupo de especialistas para identificar oportunidades e desafios do metaverso na América Latina, especialmente no Brasil;

IRIS-BH (Instituto de Referência em Internet e Sociedade, Brasil): estudará sobre privacidade e proteção de dados em tecnologias imersivas no contexto das políticas e estruturas de governança existentes;

Safernet (Brasil): organizará workshops e hackathons para discutir a segurança de mulheres e crianças em experiências de realidade virtual e aumentada;

IP.Rec (Instituto de Pesquisa em Direito e Tecnologia do Recife, Brasil): analisará políticas públicas brasileiras aplicáveis à realidade virtual e aumentada;

C-Minds Eon Resilience Lab (México): pesquisará sobre oportunidades econômicas, privacidade e segurança, gênero e governança no metaverso;

Fundación Universidad de San Andres (Argentina): identificará oportunidades e desafios éticos no metaverso, com foco em abordagens legais e regulatórias, interoperabilidade social e técnica, e inclusão;

Jobs for the Future (Estados Unidos): analisará como realidade aumentada e virtual podem ajudar pequenas e médias empresas, com foco em preparar força de trabalho nos EUA;

Chuo University (Japão): pesquisará sobre melhorias no ensino e na aprendizagem de línguas estrangeiras;

Projeto Rockit (Austrália): investigará as perspectivas dos jovens sobre realidade virtual e aumentada, bem como requisitos para criar comunidades virtuais mais seguras;

Australian National University (Austrália): explorará a estrutura do metaverso considerando a interação de elementos técnicos, sociais, culturais, regulatórios e ambientais.

Além dos novos parceiros, a Meta já tem outras seis parcerias para construir o metaverso. Entre eles, estão o Digital Wellness Lab, do Hospital Infantil de Boston (EUA), a organização Everfi e o pesquisador Lewis Bernstein, que se concentrarão em conteúdos sobre alfabetização no metaverso.

A Meta também tem acordos com a Colorintech (Reino Unido), organização que fará ações sobre equidade no metaverso; o museu Alte Nationalgalerie (Alemanha), que promoverá arte no universo virtual; e a organização Peres Center for Peace and Innovation (Israel), que trabalhará para criar oportunidades de impacto econômico e social no metaverso.

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Wagner Magalhaes / g1