Pesquisadores comemoram registro de alimentação de três filhotes de sebito em Noronha: 'um evento raro', diz biólogo


Pesquisadores comemoram registro de alimentação de três filhotes de sebito em Noronha: 'um evento raro', diz biólogo
Foto foi produzida pelo biólogo Rihel Venuto e repassada para estudo do Projeto Aves de Noronha, que desenvolve pesquisa na ilha desde 2016. O registro do sebito alimentando três filhotes é considerado raro

Rihel Venuto/Projeto Flora

Pesquisadores festejaram, nesta quinta (19), o registro de uma ave nativa, o sebito, alimentando três filhotes, em Fernando de Noronha. “É um evento muito raro. Estamos muito felizes por esse achado”, disse o biólogo Heideger Nascimento, pesquisador do projeto Aves de Noronha.

A foto foi produzida pelo biólogo Rihel Venuto, voluntário do Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio). O registro foi feito, inicialmente, para a pesquisa de preservação da flora e encaminhada para estudo dos pássaros.

A coordenadora do Projeto Aves de Noronha, Cecília Licarião, festejou o registro. “A raridade do registro está no fato de serem três filhotes. O normal é identificar dois filhotes. Eu trabalho na ilha desde 2016 e nunca tinha visto. Na maior plataforma de ciência cidadã também não há registro como esse”, disse Cecília.

O sebito tem nome científico Vireo gracilirostris. É uma espécie endêmica. Ou seja, só é encontrada em Noronha. O pássaro fez o ninho uma árvore nativa, o feijão bravo.

“Esse fato nos desperta para avaliar se existem plantas que favorecem melhores ninhos, que possibilitem uma quantidade maior de filhotes. Isso nos impressionou. Estamos muitos felizes e vamos acompanhar”, declarou Heideger Nascimento.

O normal é a ave alimentar dois filhotes

Heideger Nascimento/Projeto Aves de Noronha

A estudiosa Cecília Licarião também exaltou a importância da flora. “Existe uma associação. A flora nativa é importante para as aves da ilha. É muito bom constatar o ambiente equilibrado. Seria ruim ver os sebitos utilizarem espécies exóticas, como linhaça, para fazer ninhos “, avaliou a coordenadora.

Existe uma parceria entre os pesquisadores. A foto rara foi feita pelo pesquisador do Projeto Flora de Noronha. Os estudiosos trocam informações e registros que ajudem na preservação do meio ambiente.

“É uma parceria que tem dado certo, nós trabalhamos pela preservação do bioma”, afirmou Heideger Nascimento.

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