Cooperativismo financeiro: o que é e quais os benefícios que ele oferece?

Cooperativismo financeiro: o que é e quais os benefícios que ele oferece?
Entenda o verdadeiro significado de “a união faz a força”. Cooperativismo

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Somar forças, unir objetivos em comum, se sentir parte de um todo. Afinal, o que é o cooperativismo? Por que ele se tornou um movimento global, presente na saúde, na infraestrutura, no consumo, na agropecuária, na produção de bens e serviços, no transporte e, em especial, no financeiro? Se você não sabe as respostas para essas perguntas, então está entre os 6 de cada 10 brasileiros que não conhecem o cooperativismo. Mas a ideia é simples e vamos ajudar você a entender.

Em um estudo recente, a OCB, Organização das Cooperativas Brasileiras, ouviu 6.700 brasileiros, nas 27 capitais e também no interior do país e trouxe importantes dados como as classes sociais e regiões do Brasil que conhecem o cooperativismo – 66% são da classe A e 31% da D1, enquanto 67% são do Sul e 36% do Nordeste. Com os números em mãos, a OCB vem traçando estratégias para tornar o cooperativismo compreendido, mais forte e desenvolvido, além de reconhecido pela sociedade por sua competitividade e integridade.

Segunda maior rede de atendimento do Brasil, o Sicoob – Sistema de Cooperativas Financeiras do Brasil – celebra esse cooperativismo. Os números de 2021 registrados por ele que o digam. Foram R$ 5,2 milhões em resultados e R$ 120,1 bilhões em operações de crédito, transformando a vida de muitos brasileiros.

Significado

De acordo com o dicionário Michaelis, o cooperativismo é o “sistema econômico e social em que a cooperação é a base sobre que se constroem todas as atividades econômicas (industriais, comerciais etc.). O cooperativismo consiste na primazia da pessoa humana, na economia e na cooperação de todos para a consecução do bem comum”.

Ele foi adotado por muitos como um modelo de negócios e, aqui no país, vem transformando a realidade de milhares de brasileiros. Em 2020, segundo a OCB, havia 4.800 cooperativas no Brasil realizando mudanças e evoluindo a sociedade. O levantamento aponta mais de 17 milhões de cooperados e 455 mil postos de trabalhos gerados.

Os princípios cooperativistas abrangem adesão voluntária e livre às cooperativas, a gestão democrática, a participação econômica dos membros, a autonomia e independência, a educação, formação e informação, a intercooperação e o interesse pela comunidade.

Esses princípios geram desenvolvimento para as regiões, como é o caso de Rio Pardo, interior de Rondônia. A cidade não tinha luz, o que prejudicava o comércio e a vida da população local. O Sicoob, além de levar oportunidades, levou, junto com a companhia elétrica do estado, eletricidade. Daí em diante, a cidade só fez crescer.

Cooperativismo financeiro

O cooperativismo financeiro surgiu como um modelo para enfrentar momentos de crises. Uma gestão democrática, marca do modelo de negócio, e a constante adaptação de processos internos contribuem para o crescimento e o desenvolvimento da economia brasileira.

Mais do que oferecer soluções financeiras completas e taxas mais justas, o cooperativismo financeiro permite participar de decisões e dos resultados das cooperativas. Isso contribui para o desenvolvimento de uma comunidade, que passa a contar com mais poder de decisão e recursos financeiros em circulação.

Segundo dados do estudo “Benefícios Econômicos do Cooperativismo de Crédito na Economia Brasileira”, de 2018, o cooperativismo gerou um impacto positivo nas cidades brasileiras de mais de R$ 48 bilhões em um ano. As cooperativas de crédito foram responsáveis pela criação de 79 mil novas empresas e a geração de 278 mil empregos.

Outra pesquisa importante, dessa vez realizada pela FEA-USP de Ribeirão Preto, mostra que municípios brasileiros que têm cooperativas apresentam um IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) superior aos demais – uma cidade sem cooperativa tem um IDH médio de 0,66, enquanto aquela que possui uma ou mais cooperativas, esse indicador sobe para 0,70.

A diferença está no fato de que os resultados gerados por cooperativas fazem girar a economia local e levam mais renda e qualidade de vida para a região em que estão localizadas.

A pequena produção de tilápias que virou toneladas

Um exemplo é a atividade de psicultura em Morada Nova de Minas. Aqueles pequenos produtores que viam seus produtos chegarem à população local viveram uma verdadeira transformação. Hoje, os filés de tilápia ganharam o mercado nacional e agora o sonho é a exportação.

Diferença entre banco e cooperativa financeira

Abrir uma conta corrente, fazer um investimento, tudo isso pode ser feito no banco e também em uma cooperativa financeira. Para ajudar a esclarecer as dúvidas que cercam a famosa pergunta: “ok, mas qual a diferença entre banco e cooperativa financeira?”, preparamos o material abaixo: