Interditada para ações de segurança, Baía do Porcos ainda não tem data para reabertura, diz ICMBio em Noronha

Interditada para ações de segurança, Baía do Porcos ainda não tem data para reabertura, diz ICMBio em Noronha
Praia foi fechada em 25 de junho. Nesta quarta (6), o Instituto Chico Mendes da Biodiversidade informou que a área segue fechada até meados de agosto. ICMBio realiza manutenção nas encostas

Ion David/Divulgação ICMBio

A Baía dos Porcos, uma das praias mais visitadas do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha, vai permanecer fechada em julho. O local foi interditado para manutenção de segurança, no dia 25 de junho. Nesta quarta (6), o Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio) informou que a área só será reaberta em meados de agosto, mas ainda não há definição de data.

A direção do instituto informou, ainda, que deu início aos ajustes na Baía dos Porcos para reabertura. Também estuda as alternativas para pedestres e banhistas. O mirante, no início da trilha, está aberto para visita.

“Durante o trabalho de manutenção nas encostas, que visa reduzir o risco de acidentes com pedras soltas, foi identificada instabilidade em um trecho da trilha, logo na entrada da Baía”, apontou o ICMBio, por meio de nota.

A geóloga Joana Sanchez, especialista que realiza estudo na área, afirmou que o intemperismo comum em Noronha, como chuva, tempo seco e sol frequente, provoca, naturalmente, as fraturas nas rochas. Por isso, é necessária maior atenção dos turistas.

Segundo a geóloga, é importante respeitar as placas com informações de risco de desmoronamento e desabamentos.

Especialistas realizam trabalhos no Parque Nacional Marinho

Ion David/Divulgação ICMBio

Sancho e Porcos

Uma análise de segurança realizada em maio pelo geólogo Fábio Reis, na escadaria e na trilha da Praia do Sancho e da Baía dos Porcos, indicou um "risco alto" de desmoronamento nas duas áreas.

Ele também é engenheiro civil e trabalhou na análise da área de Furnas, em Capitólio (MG), onde o desabamento de pedras em um cânion deixou dez mortos.

O profissional foi contratado para avaliação dos riscos. O ICMBio deu início, ainda em maio, ao trabalho de manutenção, quando a visitação ao Sancho foi fechada.

No início do ano, em entrevista ao g1, a geóloga Ingrid Ferreira Lima, da Universidade de Tóquio, alertou para os riscos de acidente no Sancho e ressaltou que esse tipo de estudo deveria ser feito anualmente.

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