Israelenses e palestinos chegam a acordo de cessar-fogo, diz agência; 31 morreram em Gaza

Israelenses e palestinos chegam a acordo de cessar-fogo, diz agência; 31 morreram em Gaza
Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, 31 pessoas, incluindo 6 crianças, morreram na Faixa de Gaza desde o início dessa fase de confrontos entre Israel e o grupo Jihad Islâmica. Outras 265 pessoas ficaram feridas. Israelenses e palestinos se enfrentam pelo 2º dia na Faixa de Gaza

O governo de Israel e militantes da Palestina chegaram a um acordo de cessar-fogo em Gaza neste domingo (6), após conflitos que começaram na sexta-feira. A informação é da agência Reuters.

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Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, 31 pessoas, incluindo 6 crianças, morreram na Faixa de Gaza desde o início dessa fase de confrontos entre Israel e o grupo Jihad Islâmica. Outras 265 pessoas ficaram feridas.

Os ataques dos dois lados atravessaram a madrugada de domingo.

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Efeito de bombardeio em Gaza em 6 de agosto de 2022

Mohammed Salem/Reuters

Esses são os confrontos mais violentos entre Israel e as organizações armadas de Gaza desde a guerra de 11 dias de maios de 2021, que terminou com as mortes de 260 pessoas do lado palestino e 14 em Israel.

O acordo de cessar-fogo foi negociado com a intermediação do Egito.

Oficialmente, nem Israel e nem a Jihad Islâmica confirmaram. Os dois só afirmaram que estão em contato com o Egito. No entanto, um dirigente de governo egípcio e um palestino disseram que o acordo vai começar a vigorar neste domingo às 18h.

Crianças reagem após um ataque aéreo israelense em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, em 6 de agosto de 2022

Mohammed Abed/AFP

Agressões neste domingo

O braço armado da Jihad Islâmica anunciou neste domingo que lançou foguetes contra Jerusalém, pouco depois da ativação das sirenes de alerta na cidade.

"Há poucos minutos, lançamos foguetes contra Jerusalém", anunciaram as brigadas Al-Qods em um comunicado. Como acontece com 97% dos projéteis lançados a partir de Gaza, foram interceptados pelo escudo antimísseis israelense, segundo o exército do Estado hebreu.

Esta foi a primeira vez que projéteis são lançados contra Jerusalém desde o início da escalada com Israel na Faixa de Gaza.

Pessoas correm para se proteger durante o bombardeio aéreo israelense na Cidade de Gaza em 6 de agosto de 2022

Ana Baba/AFP

Os disparos foram efetuados quando centenas de israelenses celebravam um feriado judaico, com a visita de nacionalistas à Esplanada das Mesquitas, conhecida entre os judeus como "Monte do Templo".

Esta parte da cidade fica em Jerusalém Oriental, setor ocupado e anexado por Israel, fonte de tensões e, algumas vezes, confrontos violentos entre as forças israelenses e os palestinos

No sábado, as sirenes de alerta já haviam sido acionadas na metrópole israelense de Tel Aviv.

As Brigadas Al Qods confirmaram em um comunicado que no atual conflito dispararam também contra as cidades de Ashkelon, Ashdod e Sderot.

Bombardeios e detenções

O Hamas, movimento islamita que governa Gaza desde 2007, fez um alerta em um comunicado contra as "incursões" israelenses que poderiam levar a uma situação "fora de controle".

O Hamas, que já travou diversas guerras contra Israel, não participou deste atual conflito.

Esta nova escalada de violência deixou o território de Gaza e seus 2,3 milhões de habitantes sem a sua única central de energia elétrica, que teve que interromper as atividades por falta de combustível, provocada pelo bloqueio das entradas do enclave por Israel desde terça-feira.

Israel contesta os números de crianças mortas

Os números de mortos do Ministério de Saúde Palestino (31, incluindo 6 crianças) foram contestados por Israel.

As autoridades israelenses afirmaram que várias crianças palestinas morreram no sábado à noite em Jabalia, no norte de Gaza, após um lançamento frustrado de foguetes da própria Jihad Islâmica em direção a Israel, e não em um ataque de seu exército.

Israel alega que seus ataques, iniciados na sexta-feira de forma "preventiva" diante de possíveis represálias após a detenção de um líder da Jihad Islâmica na Cisjordânia, são direcionados contra locais de fabricação de armas.

O comandante de operações do exército israelense, Oded Basik, afirmou em um comunicado que a "alta cúpula da ala militar da Jihad Islâmica em Gaza foi neutralizada".

A relação inclui os seguintes nomes:

Taysir al Jabari 'Abu Mahmud', um dos principais líderes do grupo armado, morto na sexta-feira em Gaza, e

Khaled Mansour, um alto comandante que faleceu em um ataque em Rafah.

Prisão de membros da Jihad Islâmica na Cisjordânia

Neste domingo, o exército israelense anunciou a detenção de 20 membros da Jihad Islâmica na Cisjordânia. Outros 20 militantes da organização foram detidos no sábado, na mesma região.

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