Deputados do Chile serão submetidos a testes de drogas; os favoráveis à liberação da maconha afirmam que não compram de traficantes

Deputados do Chile serão submetidos a testes de drogas; os favoráveis à liberação da maconha afirmam que não compram de traficantes
Ideia do procedimento é elevar os padrões de transparência do trabalho dos parlamentares, além de evitar crimes relativos ao tráfico de drogas e qualquer relação desses criminosos com a Câmara. Câmara dos Deputados do Chile em foto de 9 de novembro de 2021

Rodrigo Garrido/Reuters

Metade dos 155 deputados do Chile deverá realizar um teste de drogas como parte de um novo regulamento interno que busca dar transparência ao trabalho legislativo e evitar crimes de narcotráfico.

Os 78 deputados foram selecionados em um sorteio realizado nesta quarta-feira (17) no Congresso, durante o lançamento do novo regulamento de controle de consumo de drogas da Câmara, aprovado em julho.

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A regra busca elevar os padrões de transparência do trabalho dos parlamentares, além de evitar crimes relativos ao tráfico de drogas e qualquer relação desses criminosos com a Câmara, de acordo com um comunicado da Casa Legislativa.

Raúl Soto, presidente da Câmara e um dos sorteados para se submeter exame, afirmou que os deputados têm um prazo de nove dias, a partir de 22 de agosto, para ir até o laboratório da Universidade do Chile e entregar fios de cabelo para serem testados.

A outra metade dos deputados passa por exames em setembro

No fim de setembro será a vez dos deputados restantes se submeterem aos testes.

Os resultados levam entre 10 e 15 dias para ficarem prontos e serão públicos. Em caso de resultado positivo, o sigilo bancário do parlamentar pode ser levantado para comprovar que não há movimentações de dinheiro que não possam ser justificadas.

O exame será semestral e aplicado a cada parlamentar pelo menos duas vezes em seus quatro anos de mandato.

Ana María Gazmuri em imagem sem data publicada em redes sociais

Reprodução/@anamariagazmuriv

Deputados dizem que usam maconha

O deputado Jaime Sáez já disse abertamente que consume maconha. "Não me abasteço de forma ilegal, não compro, eu ganho de presente. Em algum momento da vida, quando era mais jovem, plantei. Cheguei a ter, no auge, duas plantas ao ar livre, nada muito elaborado", disse ele.

Ana María Gazmuri, deputada e ativista em favor do consumo da cannabis, também já afirmou que fuma maconha: "Eu não me envergonho e cultivo minhas plantas para não alimentar os cofres do narcotráfico", afirmou.

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