Assim como a Starlink, o Projeto Kuiper usa milhares de pequenos satélites em torno da Terra para criar rede de internet. Empresas planejam colocar serviço em operação em 2025 em sete países da América Latina. Jeff Bezos e Elon Musk
Reuters
A Amazon e a empresa de telecomunicações Vrio, dona da operadora Sky Brasil, vão lançar um serviço de internet via satélite nos moldes da Starlink, do bilionário Elon Musk. O serviço será oferecido em sete países da América do Sul, incluindo o Brasil.
Trata-se do Projeto Kuiper, da Amazon, em que milhares de pequenos satélites ficam a cerca de 600 km de distância de altitude e criam uma rede de internet para ser usada por dispositivos na Terra.
O serviço deverá entrar em operação em meados de 2025, começando na Argentina, segundo o plano de lançamento divulgado nesta quinta-feira (13). Além do Brasil, o Projeto Kuiper também será levado para Chile, Uruguai, Peru, Equador e Colômbia.
A Vrio, parceira da Amazon nesta iniciativa, é uma empresa americana que administra a Sky Brasil e a filial da DirecTV na América Latina.
Concorrência com Elon Musk
O Projeto Kuiper, da Amazon, criado por um ex-funcionário da Starlink, de Elon Musk, fornecerá internet usando satélites na chamada órbita baixa da Terra.
O Projeto Kuiper delineará seu plano nos próximos meses para colocar 3.236 satélites no céu, disse o chefe de desenvolvimento de negócios da empresa na América Latina, Bruno Henriques.
Usuários do Projeto Kuiper precisam usar um terminal para receber internet via satélite
Divulgação/Amazon
"Nosso objetivo é que todos os clientes, quer vivam em áreas urbanas, suburbanas ou rurais, tenham o mesmo nível de acesso à banda larga", disse Henriques.
O plano de internet via satélite da Amazon já existe há alguns anos. Em 2019, a Amazon informou que planejava investir US$ 10 bilhões (cerca de R$ 50 bilhões) na iniciativa.
Cerca de 200 milhões de pessoas na América Latina têm acesso precário, pouco ou nenhum acesso à internet, afirmou à Reuters o vice-presidente da Vrio, Lucas Werthein, com base em dados do Banco Mundial.
"Acrescente a isso o terreno geográfico e, é claro, um continente que tem desafios para fazer grandes investimentos em infraestrutura", disse Werthein.
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Kayan Albertin/g1