Viana anunciou detalhes do encontro no início da sessão da comissão nesta 5ª feira (9.out), na qual Milton Baptista de Souza Filho, presidente do Sindnapi (Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical), prestou depoimento.
O senador disse que reforçou a Mendonça o pedido, feito pela comissão em 25 de setembro, de prisão preventiva de Nelson Wilians. O advogado foi ouvido pelos congressistas integrantes da CPMI, mas se recusou a responder a maioria dos questionamentos. Ele estava amparado por um habeas corpus concedido pelo Supremo, que concedeu a ele o direito de ficar em silêncio para não produzir provas contra si mesmo.
Viana disse que, em uma eventual negativa da prisão, pediu como alternativa a retenção e apreensão do passaporte de Wilians, além da proibição do contato dele com outros investigados no caso, como os empresários Maurício Camisotti e Fernando Cavalcanti.
Sobre Camisotti, o senador disse ainda que o colegiado do STF tomará uma decisão em breve sobre o pedido da CPI para ouvir o empresário. Alvo da PF em 12 de setembro, ele é acusado de participar do esquema de fraudes e está preso.
A reunião é um sinal de aproximação de Viana com o Poder Judiciário. O presidente da CPMI tem manifestado insatisfação com as atuações de Mendonça e de demais ministros, principalmente ao interferir nas prisões realizadas pela comissão.
Esta reportagem foi produzida pelo estagiário de Jornalismo Davi Alencar sob supervisão da secretária de Redação adjunta, Sabrina Freire.
