DEPUTADOS DO AMAPÁ TROCAM JK POR EMPRESÁRIO E MUDAM NOME DA RODOVIA MACAPÁ-SANTANA

A Rodovia AP-010, que liga Macapá e Santana e que hoje leva o nome do ex-presidente do Brasil Juscelino Kubitschek (JK), passa a levar o nome do empresário Josmar Chaves Pinto.

DEPUTADOS DO AMAPÁ TROCAM JK POR EMPRESÁRIO E MUDAM NOME DA RODOVIA MACAPÁ-SANTANA

MACAPÁ - A Rodovia AP-010, que liga Macapá e Santana e que hoje leva o nome do ex-presidente do Brasil Juscelino Kubitschek (JK), passará a levar o nome do empresário Josmar Chaves Pinto. A lei, de autoria de dois deputados estaduais, foi promulgada pela Assembleia Legislativa do Amapá (Alap) e publicada no Diário Oficial do Estado na terça-feira (3).

A mudança proposta pelo presidente Kaká Barbosa (PL) e deputado Jory Oeiras (DC) dividiu opiniões logo que foi aprovada em 29 de junho. O texto ficou em análise durante um ano na Casa de Leis.

O texto foi enviado ao governador Waldez Góes (PDT), no entanto, como a proposição não foi avaliada e venceu o prazo, a própria Alap promulgou a lei. A constituição do Amapá prevê que, "decorrido o prazo de 15 dias, o silêncio do governador importará sanção [de projetos de lei]".

A mudança entra em vigor no prazo de 30 dias a contar da publicação. É um período para as pessoas se acostumarem com o novo nome.

"Podia continuar JK, porque todo mundo já é acostumado com esse nome. Como moradora daqui, eu não concordo com um novo nome. Fica tão difícil porque ficam dois nomes ao mesmo tempo", disse Sônia Moraes, de 61 anos.

Moradora no bairro Universidade, Josivânia dos Santos, de 35 anos, trafega diariamente na rodovia. Ela preferia que os gestores priorizassem a manutenção da via.

"Para mim, tinha que continuar o mesmo nome. Deveria ter mudança em limpeza, em asfalto, melhorar a iluminação", comentou.

Quem foi Josmar Chaves Pinto?

O empresário do ramo da construção civil morreu em agosto de 2019. Entre os trabalhos está a duplicação da rodovia que agora levará o nome dele, obra que não executou gratuitamente, foi paga pelo governo.

Na justificativa escrita no projeto de lei, os deputados afirmam que ele "assumiu o ápice da construção civil em Santana/Macapá e em todo o estado. Era o simbolismo perfeito de um mito de quem tomara como modelo "Mario Andreazza", seu antecessor - o construtor da Transamazônica".