Morre Jaider Esbell, artista plástico roraimense

Morre Jaider Esbell, artista plástico roraimense
O artista foi encontrado morto em seu apartamento, em São Paulo. Jaider Esbell é um dos destaques da 34ª Bienal de São Paulo. Morra em São Paulo o artista Jaider Esbell

Reprodução/Instagram

Morreu nessa terça-feira (2) aos 41 anos o artista plástico roraimense Jaider Esbell. Ele era um dos destaques da 34ª Bienal de São Paulo. O artista foi encontrado morto em seu apartamento, em São Paulo.

O Governo de Roraima lamentou a perda em nota, relatando que o artista "deixa um legado pelos valores culturais e artísticos dos povos indígenas".

Jaider Esbell é um dos artistas macuxis mais renomados de Roraima por trazer luz à vivencia indígena por meio da arte. Além de artista plástico, era escritor e ativista da causa Macuxi.

O artista nasceu em 1979, no município de Normandia, região Norte de Roraima, onde atualmente está a reserva indígena Raposa Serra do Sol.

Jaider era filho adotivo de Vovó Bernaldina, mestra indígena da cultura Macuxi, que morreu em junho de 2020 por Covid-19.

Obra "Maldita de Desejada" de Jaider Esbell, 2012

Divulgação/34ª Bienal de São Paulo

As obras de Esbell estão em exposição desde setembro deste ano na mostra "Moquém_Surarî: arte indígena contemporânea" na 34ª Bienal de São Paulo, da qual ele também era curador. Uma dessas obras, "Entidades", está em destaque no Parque Ibirapuera. As duas serpentes flutuantes de 10 metros de altura, estão instaladas no lago do parque.

"Essa obra aborda um conjunto de potências. Ela está relacionada aos misticismos e figuras mitológicas que não são contempladas pelo cristianismo neopentecostal europeu, e precisava ser grandioso. É para lembrar que todos os povos originários têm suas criaturas gigantescas, sua importância, seus signos semióticos, suas entidades que protegem e que cuidam. É um convite para um exercício plural, para que todos pesquisem suas origens, que acessem sua cosmologia, que não se afastem da própria essência. Que cada um manifeste suas crenças como quiser pela ampliação do mundo", disse Jaider Esbell ao g1 em entrevista em setembro desse ano.

'Entidades, obra do artista indígena de Roraima, Jaider Esbell

Jaider Esbell/Divulgação

Nas redes sociais, lideranças indígenas lamentam a morte de Esbell. A ativista Alice Pataxó o descreveu como "um grande artista".

Obra do artista roraimense Jaider Esbell

Divulgação

A CoDeputada Estadual de São Paulo, Chirley Pankará (Psol), também lamentou a morte do artista.

O músico roraimense Neuber Uchôa também lamentou em uma publicação nas redes sociais a morte de Jaider

Artboard 1MAIOR DESTAQUEArtboard 1MENOR DESTAQUEArtboard 1MAIOR DESTAQUEEscolha uma foto que tenha no mínimo 1400px de largura quando o maior destaque estiver selecionado.Morreu nessa terça-feira (2) aos 41 anos o artista plástico roraimense Jaider Esbell. Ele era um dos destaques da 34ª Bienal de São Paulo. O artista foi encontrado morto em seu apartamento, em São Paulo.O Governo de Roraima lamentou a perda em nota, relatando que o artista "deixa um legado pelos valores culturais e artísticos dos povos indígenas".Jaider Esbell é um dos artistas macuxis mais renomados de Roraima por trazer luz à vivencia indígena por meio da arte. Além de artista plástico, era escritor e ativista da causa Macuxi.O artista nasceu em 1979, no município de Normandia, região Norte de Roraima, onde atualmente está a reserva indígena Raposa Serra do Sol.Jaider era filho adotivo de Vovó Bernaldina, mestra indígena da cultura Macuxi, que morreu em junho de 2020 por Covid-19.Artboard 1MENOR DESTAQUEArtboard 1MENOR DESTAQUEArtboard 1MAIOR DESTAQUEAs obras de Esbell estão em exposição desde setembro deste ano na mostra "Moquém_Surarî: arte indígena contemporânea" na 34ª Bienal de São Paulo, da qual ele também era curador. Uma dessas obras, "Entidades", está em destaque no Parque Ibirapuera. As duas serpentes flutuantes de 10 metros de altura, estão instaladas no lago do parque."Essa obra aborda um conjunto de potências. Ela está relacionada aos misticismos e figuras mitológicas que não são contempladas pelo cristianismo neopentecostal europeu, e precisava ser grandioso. É para lembrar que todos os povos originários têm suas criaturas gigantescas, sua importância, seus signos semióticos, suas entidades que protegem e que cuidam. É um convite para um exercício plural, para que todos pesquisem suas origens, que acessem sua cosmologia, que não se afastem da própria essência. Que cada um manifeste suas crenças como quiser pela ampliação do mundo", disse Jaider Esbell ao g1 em entrevista em setembro desse ano.Artboard 1MENOR DESTAQUEArtboard 1MENOR DESTAQUEArtboard 1MAIOR DESTAQUENas redes sociais, lideranças indígenas lamentam a morte de Esbell. A ativista Alice Pataxó o descreveu como "um grande artista".Artboard 1MENOR DESTAQUEArtboard 1MENOR DESTAQUEArtboard 1MAIOR DESTAQUEA CoDeputada Estadual de São Paulo, Chirley Pankará (Psol), também lamentou a morte do artista.O músico roraimense Neuber Uchôa também lamentou em uma publicação nas redes sociais a morte de Jaider.