Nicolás Maduro pede investigação de denúncia de exercício militar na Argentina contra Venezuela

Nicolás Maduro pede investigação de denúncia de exercício militar na Argentina contra Venezuela
Um artigo publicado em um site afirma que entre abril e julho de 2019 o exército argentino fez exercícios que simulavam uma invasão da Venezuela a partir da Colômbia. Nicolás Maduro discursa com imagem de Hugo Chávez ao fundo, em 12 de fevereiro de 2022

Yuri Cortez/ AFP

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu na segunda-feira (14) uma investigação objetiva sobre um artigo publicado na Argentina que revela que militares realizaram em 2019, durante o governo de Mauricio Macri, um exercício que contemplava uma invasão da Venezuela (durante a simulação, as tropas iriam partir da Colômbia).

"Espero que na Argentina alguém se atreva a levantar a voz para que se faça uma investigação objetiva sobre esta denúncia que foi feita sobre a preparação do exército argentino para invadir a Venezuela a partir do território colombiano. É algo muito sério", declarou Maduro, referindo-se ao artigo publicado no domingo no portal "El Cohete a la Luna", assinado por Horacio Verbitsky.

Assim como fazia seu antecessor, o falecido Hugo Chávez, Maduro frequentemente denuncia os planos de "ataque" ou "invasão" liderados pelos Estados Unidos e aliados regionais contra a Venezuela.

O exército argentino, segundo o artigo de Verbitsky, realizou sete sessões de um exercício chamado "Puma" entre abril e julho de 2019, que "contemplava a invasão da Venezuela".

De acordo com o texto, o general Juan Martín Paleo, chefe do Estado Maior das Forças Armadas desde março de 2020, era quem dava as ordens como "comandante da força de deslocamento rápido".

"Uma denúncia como essa me parece crível, porque na direita continental, começando com Macri, eles chegaram ao extremo de quebrar todas as regras do jogo de convivência política e diplomática", acusou Maduro, referindo-se ao reconhecimento que Macri (2015-2019) deu ao líder da oposição Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela em fevereiro de 2019.

Guaidó foi apoiado como presidente interino por cinquenta países, incluindo os Estados Unidos, sem conseguir tirar o presidente socialista do poder.

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