O Assunto #707: Finlândia na Otan - por que isso importa

Assim como a também escandinava Suécia, o país abandonou décadas de neutralidade para pleitear entrada na Organização do Tratado do Atlântico Norte, aliança militar liderada pelos EUA. O movimento revela mudança num cálculo de custo-benefício: o medo de agressão passou a superar o desejo de evitar contencioso com a vizinha Rússia. Você pode ouvir O Assunto no g1, no GloboPlay, no Spotify, no Castbox, no Google Podcasts, no Apple Podcasts, no Deezer, na Amazon Music, no Hello You ou na sua plataforma de áudio preferida. Assine ou siga O Assunto, para ser avisado sempre que tiver novo episódio.

Assim como a também escandinava Suécia, o país abandonou décadas de neutralidade para pleitear entrada na Organização do Tratado do Atlântico Norte, aliança militar liderada pelos EUA. Em conversa com Renata Lo Prete, o professor de Relações Internacionais Oliver Stuenkel explica que o movimento revela mudança num cálculo de custo-benefício: o medo de agressão passou a superar o desejo de evitar contencioso com a vizinha Rússia. “Até recentemente, a neutralidade fazia parte não só da política externa desses dois países, mas era também um elemento da identidade política de ambos”, diz ele. Para Stuenkel, as potências do Ocidente estão “fechando fileiras", preparando-se para uma tensão permanente entre Europa e Rússia. “E algo parecido pode acontecer mais para frente em relação à China”, completa o analista. Mais um sinal, segundo ele, de que nenhum dos dois lados da guerra na Ucrânia irá recuar: "O cenário mais provável segue sendo um impasse que pode durar anos".

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O podcast O Assunto é produzido por: Mônica Mariotti, Isabel Seta, Tiago Aguiar, Gabriel de Campos, Luiz Felipe Silva, Thiago Kaczuroski, Gustavo Honório e Eto Osclighter. Apresentação: Renata Lo Prete.

Comunicação/Globo