Governo quer usar visita de Musk ao Brasil para se defender de críticas sobre Amazônia

Jair Bolsonaro se encontra com Elon Musk em Porto Feliz (SP)

Arquivo Pessoal

A equipe do presidente Jair Bolsonaro quer usar a visita do empresário Elon Musk(homem mais rico do mundo) ao Brasil para se defender das críticas de que o governo tem uma política ambiental equivocada e que contribui para o aumento do desmatamento da Amazônia.

Durante o encontro com Musk, em São Paulo, assessores de Bolsonaro deixaram claro que a reunião também tem esse objetivo.

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que os alertas de desmatamento na Amazônia passaram de 1 mil km² em abril e bateram recorde para o período.

No entanto, antes da reunião, a equipe de Bolsonaro disse a empresários que o governo quer mostrar a Musk "a verdade" sobre a Amazônia e propor a ele um acordo para uso do sistema de satélite de órbita baixa, explorado pela empresa Starlink, para monitorar o desmatamento na região.

Agendada pelo ministro das Comunicações, Fábio Faria, a reunião de Elon Musk no interior de São Paulo com um grupo de empresários tem como objetivo principal oficializar o investimento no setor de internet no país, principalmente para conectar escolas e empresas na região amazônica.

Bolsonaro e Musk fazem em um hotel no interior de São Paulo uma reunião, da qual participam apenas ministros e assessores do governo federal, entre eles: Fábio Faria, Carlos França (Relações Exteriores) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral).

O governo é criticado por países europeus e Estados Unidos, investidores e ambientalistas pelo aumento do desmatamento na Amazônia. Em abril, os dados alertaram para um crescimento recorde do desmatamento, o que é negado pelo presidente Jair Bolsonaro.