Presidente de Itália decide dissolver o Parlamento após renúncia do primeiro-ministro Mario Draghi

Presidente de Itália decide dissolver o Parlamento após renúncia do primeiro-ministro Mario Draghi
Sergio Mattarella disse que não havia possibilidade de formar outro governo que levasse a maioria dos legisladores. Ainda não foi marcada uma data para uma nova eleição. O presidente da Itália, Sergio Mattarella, anuncia a dissolução do Parlamento após a renúncia do primeiro-ministro Mario Draghi

Gregorio Borgia/AP

O presidente de Itália, Sergio Mattarella, disse nesta quinta-feira (21) que dissolveu o Parlamento depois que a coalizão do primeiro-ministro Mario Draghi desmoronou.

Mattarella disse que decidiu sobre eleições antecipadas porque a falta de apoio a Draghi também indicou que não havia "nenhuma possibilidade" de formar outro governo que pudesse levar a maioria dos legisladores.

Não foi marcada uma data para uma nova eleição, mas o presidente italiano disse que ela deve ser realizada dentro de 70 dias segundo a Constituição da Itália.

O mandato no Parlamento na Itália dura 5 anos e deveria ter ido até março de 2023.

Renúncia do primeiro-ministro

Primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, se despede do Parlamento em Roma, na Itália

Andrew Medichini/AP

Draghi apresentou renúncia ao cargo de primeiro-ministro nesta quinta-feira, depois que seu governo de coalizão de unidade nacional entrou em colapso. É a segunda vez que Draghi apresentou renúncia ao cargo.

Draghi "reiterou sua renúncia e a do Executivo que chefia", disse a presidência em um breve comunicado, especificando que "foi informada" da decisão e que ele permanecerá no cargo por enquanto para "dirigir os assuntos atuais".

Muito aplaudido na Câmara dos Deputados, Draghi solicitou de imediato a suspensão da sessão para se deslocar ao palácio presidencial do Quirinal, onde chegou pouco depois das 09h15 locais (04h15 em Brasília) para comunicar a sua "decisão" ao presidente Sergio Mattarella.

Uma conclusão esperada depois que o Forza Italia, o partido de direita de Silvio Berlusconi, a Liga, o partido de extrema-direita de Matteo Salvini e o partido antissistema Movimento 5 Estrelas (M5E) se recusaram a participar de um voto de confiança solicitado na quarta-feira (20) pelo primeiro-ministro no Senado.