Exército de Ruanda fez ataques na República Democrática do Congo, diz ONU

Exército de Ruanda fez ataques na República Democrática do Congo, diz ONU
Segundo a ONU, o exército de Ruanda agiu de duas formas: diretamente e em apoio a grupos armados congoleses.

Carro de missão da ONU na República Democrática do Congo, em 2018

John Wessels/ AFP

O exército de Ruanda atuou no leste da República Democrática do Congo (RDC) entre novembro de 2021 e junho de 2022, afirma um relatório de especialistas enviados à região pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Segundo a ONU, o exército de Ruanda agiu de duas formas: diretamente e em apoio a grupos armados congoleses.

Movimento 23 de Março

Os especialistas da ONU afirmam que Ruanda está aliada a uma força chamada M23 (Movimento 23 de Março). Trata-se de um antigo grupo rebelde com membros da etnia tutsi. O M23 chegou a ser derrotado em 2013, mas retomou as ações armadas no fim do ano passado.

O governo de Ruanda apoiou o M23 com tropas em operações específicas, especialmente se estavam destinadas a tomar cidades e zonas estratégicas.

Os combates aumentaram desde o fim de março. O M23 conquistou uma parte do território de Rutshuru, que fica perto de Goma, uma cidade importante na República Democrática do Congo.

Ruanda nega

O relatório dos especialistas da ONU derruba as negativas das autoridades de Ruanda e prova o envolvimento do país "unilateralmente ou conjuntamente com os combatentes do M23" no leste da RD Congo.

Em comunicado, o governo ruandês negou as acusações da ONU —para Ruanda, são "alegações inválidas".

"Ruanda tem o direito legítimo e soberano de defender sue território e seus cidadãos e não apenas esperar até que aconteça uma catástrofe", disse Yolande Makolo, porta-voz do governo.

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