China avistou objeto voador não identificado e irá abatê-lo, diz imprensa local

China avistou objeto voador não identificado e irá abatê-lo, diz imprensa local
Aparição de dispositivos voadores mobilizou as forças aéreas dos Estados Unidos e do Canadá nos últimos dias e gerou uma crise diplomática. Veja cronologia. Autoridades da província de Shandong, no leste da China, anunciaram neste domingo (12) que avistaram um objeto não identificado sobrevoando o mar perto da cidade costeira de Rizhao. Segundo a imprensa local, ele vai ser derrubado a qualquer momento.

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A aparição de objetos voadores mobilizou as forças aéreas dos Estados Unidos e do Canadá nos últimos dias:

Em pouco mais de uma semana, os dois países localizaram e abateram três dispositivos. Apenas um deles foi identificado até agora: um balão.

Foi o estopim de uma crise diplomática. O governo dos EUA acusou a China de ter enviado esse balão para espionar o território norte-americano. A país asiático negou, alegando que era apenas uma operação "com fins científicos", para fazer pesquisas meteorológicas.

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Veja abaixo a cronologia das aparições e o que se sabe até o momento:

Quinta-feira, 2 de fevereiro: o balão chinês

O que foi identificado e quando?

O primeiro objeto voador a ser identificado pela força aérea norte-americana foi um balão: uma estrutura com a parte superior branca e um aparato tecnológico acoplado na parte de baixo.

Segundo o Pentágono (sede da defesa dos EUA) informou na quinta-feira (2), o artefato sobrevoava o estado de Montana, mas teria adentrado o país pelo Alasca e já estaria em território norte-americano há alguns dias, sendo monitorado pela aeronáutica.

O objeto foi abatido dois dias após o comunicado do Pentágono, no sábado (4), e gerou uma crise diplomática entre EUA e China.

Qual a resposta da China?

Assim que os EUA identificaram o balão em seu espaço aéreo, a China afirmou que ele não passava de um aparato tecnológico usado para pesquisas meteorológicas que havia sido desviado de sua rota pelos ventos e teria viajado, assim, até o território americano.

Enquanto o governo norte-americano acusou a China de ter usado o balão para espionagem, representantes do gigante asiático alegaram que o artefato teria fins científicos e expressaram “forte insatisfação e protesto contra o uso da força pelos EUA para atacar aeronaves civis não tripuladas”.

O que os destroços mostraram sobre o objeto?

Na terça-feira (7), os EUA divulgaram imagens da retirada dos destroços do balão do mar. “Pudemos estudar e escrutinar o balão e seus equipamentos, o que foi valioso”, chegou a dizer um oficial do Pentágono.

Segundo o Departamento de Estado dos EUA, o balão era “claramente para a vigilância de inteligência e era inconsistente com o equipamento encontrado nos balões meteorológicos”. "Tinha múltiplas antenas para incluir uma matriz provavelmente capaz de coletar e geolocalizar comunicações", afirmou o Departamento em nota oficial.

"Estava equipado com painéis solares suficientemente grandes para produzir a energia necessária para operar múltiplos sensores ativos de coleta de dados de inteligência", detalhou um funcionário do governo norte-americano, sob condição de anonimato.

Um objeto similar foi visto na Colômbia, mas o governo local considerou que não representava uma ameaça à segurança e defesa nacional do país.

PONTO A PONTO: entenda o caso do balão misterioso

TENSÃO: por que a destruição do balão chinês agrava ainda mais a crise diplomática entre EUA e China

Selo Balão chinês misterioso

Arte g1

Sexta-feira, 10 de fevereiro: OVNI (objeto voador não identificado) no Alasca

A segunda aparição também aconteceu nos Estados Unidos, no estado do Alasca. O objeto foi derrubado pelas Forças Armadas norte-americanas, por ordem do presidente, Joe Biden.

Nesse caso, no entanto, ainda não houve uma confirmação oficial sobre qual seria o objeto ou sobre a sua origem.

O que se sabe é que o artefato voava a uma altitude que o tornava uma ameaça potencial para aeronaves civis, que estava indo para a direção nordeste e que não havia indicações de que poderia ser dirigido.

Além disso, segundo o governo norte-americano, o objeto possuía o tamanho de um carro pequeno – diferente do tamanho do balão chinês – e não havia indicações de que se tratava de uma ameaça militar.

“Não temos mais detalhes neste momento sobre o objeto, incluindo suas capacidades, propósitos ou origem”, informou o Comando de Defesa norte-americano.

Sábado, 11 de fevereiro: OVNI em Yukon, no Canadá

A aparição mais recente aconteceu neste sábado (11), em Yukon, no noroeste do Canadá – território vizinho ao Alasca. Nesse caso, a ordem de derrubada do objeto foi dada pelo primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau.

"Ordenei a derrubada de um objeto não identificado que violou o espaço aéreo canadense", anunciou Trudeau. Sem dar mais detalhes sobre o objeto ou sua trajetória, o premiê afirmou apenas que conversou com o presidente norte-americano, Joe Biden, e assegurou que as Forças Armadas canadenses atuarão para recuperar os destroços do aparato para analisá-los.